Pessoas que já moraram nas ruas recebem certificado de curso de panificação

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Da Redação

Dez usuários do Serviço de Acolhimento Institucional Adulto Masculino – Residencial Bambi Batuíra receberam ontem os certificados de conclusão do curso de capacitação em panificação artesanal com ênfase em pizza e esfiha. A ação da Prefeitura de Guarulhos faz parte do Projeto Nova Chance, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (SDAS) em parceria com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o Fundo Social de Solidariedade e o Núcleo Batuíra. A medida visa capacitar prioritariamente pessoas em situação de rua acolhidas pelo serviço para que sejam reinseridas na sociedade e no mercado de trabalho. Dos dez participantes, dois já obtiveram emprego.

Representando o prefeito Guti, o secretário de Desenvolvimento e Assistência Social, Alex Viterale,destacou a capacitação como uma oportunidade de mudança de vida e de reinserção no mercado de trabalho. “Daqui sairão alguns que montarão seus negócios e outros que entrarão no mercado de trabalho. Aqui é a prova viva de que possível mudar de vida, continuar insistindo e lutando para ter uma condição melhor. A capacitação profissional tem o papel de integrar o ser humano na sociedade. Dois alunos já conseguiram obter emprego. Continuem persistindo”, afirmou Viterale.

Emocionada, a coordenadora do Serviço de Acolhimento, Rita de Cássia Carraro, reconheceu qualidades no formador do curso, o nutricionista David Novais. “Obrigada à Assistência Social por nos mandar um menino de ouro, um professor com o coração gigantesco. Hoje é dia de gratidão e orgulho para os usuários. Este é o primeiro passo deles e é bom sabermos que contribuímos um pouco para o seu crescimento”, disse.

Novais ressaltou o desafio de realizar o curso. “O dia de hoje é gratificante. Lembro a primeira vez em que entrei nesta casa e vi o tamanho que seria o desafio de dar aula aqui. E cumprimos a missão.Este trabalho significou um renascimento. Me fez pensar e refletir. Agradeço o desafio, que foi um presente, afinal eu mais aprendi do que ensinei. Troquei experiências com os alunos que hoje têm um lugar especial no meu coração”, disse.

Aos 34 anos, Everton Luis Ventura Cardoso é um dos usuários do equipamento que frequentou o curso de panificação artesanal. “Gostei muito do curso, que é bem ‘mão na massa’. O professor é ótimo e o grupo era bastante interessado em aprender”, contou Everton, que já foi chamado para trabalhar em uma pizzaria do bairro.

O curso foi realizado duas vezes por semana, com aulas de quatro horas. Ele foi montado em módulos como pão, pizza e esfihas e, no final, os participantes passaram por uma avaliação prática.

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