Lucy Tamborino
Frente aos protestos que aconteceram ontem em diversos estados do país, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Campus Guarulhos, pode interromper suas atividades caso não ocorra o descontingenciamento dos limites de empenho e o desbloqueio do orçamento. Isso se deve ao fato de que o pagamento de custos relativos ao funcionamento, como água, luz e contratos de manutenção, segurança, entre outros, poderão ser comprometidos.
Para lidar com esse impasse, a universidade vem mantendo contato constante com o Ministério da Educação. A instituição negocia a liberação dos recursos e com os parlamentares, concessão de emendas.
Ainda, ao longo deste mês, a reitoria e as diretorias promoverão audiências públicas para informar e dialogar com a comunidade sobre o bloqueio orçamentário. A medida tem como objetivo avaliar os cenários, que se modificam a todo o momento, delineando os próximos passos para que a universidade se mantenha aberta e em funcionamento durante o ano todo.
A instituição ainda afirmou que tem feito ações de contingência, como redução e negociação de contratos de limpeza, vigilância e transporte, por exemplo, além de realizar campanhas junto à comunidade em relação ao consumo consciente de água, luz e materiais de uso diário.
Os recursos de todos os campus da Unifesp foram bloqueados em 30%, referentes ao fomento das ações de extensão e 34,5%, referentes aos custos relativos ao funcionamento da universidade, como água, luz e contratos de manutenção, segurança, entre outros. Foram também bloqueados 30% dos recursos de investimento em obras e reformas, além de expressivo valor das emendas parlamentares. Existe ainda a restrição imposta pelo limite de movimentação de empenho, de 80% para as despesas de investimento e de 42% para os recursos de custeio, considerados nestes todas as ações orçamentárias, inclusive o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes).