Na segunda quinzena de
julho, 242 mil empresas reduziram a quantidade de empregados em relação à
quinzena anterior, sendo que 68,4% delas diminuíram em até 25% o quadro de
pessoal. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas
Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A maioria das empresas em funcionamento, 84,6%
delas, o equivalente a 2,5 milhões de companhias, manteve o número de
funcionários na segunda quinzena de julho em relação à quinzena anterior. Uma
fatia de 7,9% indicaram demissões.
Segundo Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas
Conjunturais em Empresas do IBGE, as empresas ainda enfrentam dificuldades de
manter o quadro de funcionários.
“A gente tem um saldo positivo (de vagas)
apontado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mas os
números quantitativos absolutos de desligamentos ainda são elevados”,
confirmou.
Na segunda quinzena de julho, 55,0% das empresas
em funcionamento não tiveram alteração significativa na sua capacidade de
fabricar produtos ou atender clientes, mas 33,1% relataram dificuldades,
enquanto 11,6% registraram facilidades.
Quanto ao acesso aos fornecedores, 44,8% não
perceberam alteração significativa, mas 45,3% tiveram dificuldades.
Cerca de 38,9% das empresas em funcionamento
reportaram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de
julho, enquanto 49,7% consideraram que não houve alteração significativa.
Entre as ações adotadas para atenuar os efeitos
da pandemia do novo coronavírus nos negócios, 93,0% das empresas em
funcionamento declararam ter implementado ações de prevenção e manutenção de
medidas extras de higiene.
Entre as empresas em funcionamento, 34,9%
mantiveram funcionários em trabalho domiciliar (teletrabalho, trabalho remoto e
trabalho à distância), e 20,3% anteciparam férias dos empregados.
Uma fatia de 29,1% das empresas declarou ter
alterado o método de entrega de seus produtos ou serviços, enquanto 16,2%
lançaram ou passaram a comercializar novos produtos ou serviços na segunda
quinzena de julho.
Entre as companhias em atividade, 30,5% adiaram
o pagamento de impostos e 11,4% conseguiram uma linha de crédito emergencial
para o pagamento da folha salarial.
Na segunda quinzena de julho, 30,2% das empresas
afirmaram que foram apoiadas pela autoridade governamental na adoção de medidas
emergenciais contra a pandemia.
Essa percepção de apoio dos governos foi mais
elevada entre as companhias que adiaram o pagamento de impostos (60,8% delas) e
entre as que conseguiram linhas de crédito para o pagamento da folha salarial
(87,4%).
242 mil empresas reduziram empregados; 68,4% delas cortaram até 25% do pessoal
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