A aliança entre Elói Pietá (Solidariedade) e Sebastião Almeida, ex-prefeito de Guarulhos, está provocando intensos debates na cidade, e não é para menos. Nesta reta final das eleições, Almeida, que atualmente atua como delegado do partido e figura de liderança na campanha de Elói, tem gerado desconfiança e acendido um alerta vermelho entre os eleitores e colaboradores de campanha.
Almeida, cuja gestão foi marcada por episódios polêmicos e seu envolvimento na lista de pagamento de propinas da Odebrecht, enfrenta altos índices de rejeição entre os guarulhenses. Sua presença ostensiva ao lado de Elói levanta questionamentos e tem sido constantemente lembrada por Lucas Sanches (PL), adversário de Pietá. Durante os debates, Sanches enfatiza: “Votar em Elói é trazer Almeida de volta”, ressaltando a ligação direta entre os dois e a possibilidade de uma continuidade de gestões criticadas pela população.
Nos bastidores, a estratégia inicial de manter Almeida longe dos holofotes se mostra cada vez mais difícil. Em sua posição dentro da campanha de Pietá, Almeida ocupa um papel central, marcando presença em eventos e reuniões cruciais. Esse cenário tem levado eleitores a refletirem se a liderança de Elói Pietá significaria um “retorno ao passado” que muitos prefeririam evitar.
Há ainda rumores de que Almeida planeja uma volta ao Partido dos Trabalhadores (PT) após as eleições, alimentando mais incertezas. Oficialmente filiado ao Solidariedade, Almeida nunca rompeu totalmente com o PT, segundo análises políticas. Esse potencial retorno poderia reforçar ainda mais a ideia de continuidade de antigos mandatos, o que pode pesar negativamente nas urnas.
Com a proximidade da votação, o impacto dessa aliança se reflete nas pesquisas. De acordo com o Instituto Real Time Big Data, Sanches lidera a corrida com 54% das intenções de voto, contra 37% de Pietá, revelando a queda no apoio ao candidato do Solidariedade. Essa diferença pode ser um sinal de que o eleitor de Guarulhos, ao ser confrontado com o histórico de Almeida, está optando por uma mudança, em vez de reviver um passado que, para muitos, carrega um legado de desconfiança.
