Crimes de ódio são intoleráveis, diz Moro

PR - MORO-COLETIVA-JUSTIÇA-FEDERAL - GERAL - O juiz federal Sérgio Moro em coletiva de Imprensa na sede da Justiça Federal em Curitiba (PR), nesta terça-feira (06). Sérgio Moro será o futuro ministro da Justiça do governo do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro. 06/11/2018 - Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Da Redação

Em sua primeira entrevista à imprensa, o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que “não existe qualquer possibilidade de discriminação contra minorias”. “Todos têm direito à segurança pública. Crimes de ódio são intoleráveis”, afirmou. Moro acrescentou que, se for necessário, ele acionará a Polícia Federal (PF) para combater esse tipo de crime.

“Não existe nada de política persecutória contra homossexuais e outras minorias. Não existe nada disso na mesa ou sendo gestado; nenhuma intenção de política discriminatória. As minorias vão poder exercer seus direitos livremente. Não vejo a nada além de receios infundados”, destacou.

Juiz responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância nos últimos quatro anos, Sergio Moro disse que aceitou o convite de Jair Bolsonaro por “ver a possibilidade de realizar no governo federal o que, em sua avaliação, não foi feito nos últimos anos – uma forte agenda contra a corrupção e o crime organizado”.  “Não é um projeto de poder”, ressaltou.

Ele disse considerar seu trabalho na Justiça “técnico” e revelou que não tem “convergência absoluta” de convicções com o presidente eleito, mas que é possível chegar a “resultados nas divergências”.  Entre as convergências, a  defesa de flexibilizar a maioridade penal – para crimes violentos cometidos por jovens com mais de 16 anos –  e a não progressão de pena para criminosos vinculados a organizações criminosas e que cometeram crimes de homicídio.

Moro confirmou que nomes da Lava Jato estão sendo considerados para ocupar cargos no futuro ministério. Ele defendeu que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) saia do Ministério da Fazenda e vá para o Ministério da Justiça.

Imagem: Cassiano Rosário/Estadão

 

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