Da Redação
Em julho a prefeitura e GRU Aiport inauguraram uma Planta Biodiesel no bairro Água Chata. A instalação permite a produção de biodiesel e sabão ecológico a partir de óleos e gorduras residuais, como por exemplo óleo de cozinha utilizado em restaurantes e residências, e será a primeira no Estado de São Paulo a realizar esse processo de transformação sem utilizar água.
A usina surgiu quando o Projeto Bioplanet, da empresa Biotechnos, foi selecionado no I Edital de Seleção de Projetos Socioambientais do GRU Airport e Instituto Invepar. A prefeitura cedeu o terreno e a concessionária do aeroporto investiu pouco mais de R$ 1,3 milhão na construção do local de 15 m x 10 m, com pé direito mínimo de 5,5 metros. “Tenho certeza que o dia de hoje deixará um legado de transformação para o nosso município. Cada um fez um pouco para que chegássemos nesse marco. As pessoas ganham com a possibilidade de conseguirem uma renda maior, o meio ambiente ganha e a cidade também é beneficiada”, afirmou o prefeito Guti durante a inauguração.
A tecnologia inovadora utilizada na planta, que irá permitir a produção de mil litros de biodiesel por dia em uma jornada de trabalho de oito horas, foi desenvolvida pela Biotechnos em parceria com um instituto alemão em 2008, segundo a diretora da empresa, Márcia Werge. “Procuramos realizar projetos não só ambientais, mas também de inclusão social Quando houve a oportunidade deste edital aberto pela Gru, inscrevemos o projeto”, completou Werge.
Selecionada por edital, a Planta Biodiesel é operada pela Coop-Reciclável – Cooperativa de Catadores da Área de Materiais Recicláveis, formada por cerca de 60 cooperados. Entre os integrantes, 80% são mulheres, incluindo haitianas refugiadas que hoje vivem em Guarulhos. De acordo com a Prefeitura, inicialmente, os 17 Pontos de Entrega Voluntária (Pevs) da cidade estarão disponíveis para a coleta do óleo não utilizado. Já a Planta deve começar a funcionar totalmente nas próximas semanas.
Imagem: Fábio Nunes Teixeira