O presidente da Câmara, Professor Jesus, fez história nesta terça-feira, 12 de fevereiro. Pena que de forma negativa. Desde 2012, todas as sessões ordinárias foram transmitidas ao vivo pela TV Câmara, ou seja, durante quase sete anos ininterruptos as pessoas interessadas em assistir aos trabalhos legislativos no mínimo tinham a internet para acompanhar os trabalhos. Mas ontem foi diferente. Por determinação sua, nem um mísero celular foi usado para fazer uma “live” pelas redes sociais, coisa que até uma criança faz hoje em dia. No site oficial da Câmara, no horário da sessão, estavam reprisando sessões antigas. Quem não estava lá, nem imagina o que foi discutido ou votado. Aliás, nem sabe se houve sessão. Gol contra!
Alternativa
Já que a TV Câmara não tem equipamentos para transmitir as sessões plenárias, no mínimo o áudio que é gravado pelos operadores de som e enviado posteriormente ao setor de taquigrafia, poderia ser disponibilizado ao vivo para a população via internet. Assim ninguém ficava no escuro sem saber dos acontecimentos. Equipamentos pra isso o Legislativo já tem, não precisa comprar ou alugar. Basta um pinguinho de boa vontade. Vale ressaltar que na gestão de Alan Neto na presidência (2009/2010), as câmeras de segurança do plenário serviam para manter o povo informado das ações parlamentares em tempo real. Era uma forma precária de transmissão on line, mas mil vezes melhor do que nada. Vamos ver quanto tempo vão levar para disponibilizar o áudio da sessão de ontem ou se esse material aí já era.
Opinião
O renomado engenheiro guarulhense Plínio Thomaz, especialista em distribuição de água e saneamento básico dentre outros temas, afirma categoricamente que é contra a privatização da Sabesp, estudada hoje pelo governo do Estado. Segundo ele, iniciativa semelhante ocorreu em Buenos Aires e não deu certo, uma vez que a empresa francesa vencedora da concorrência pública de lá, trouxe de seu país todos os integrantes do primeiro, segundo e terceiro escalões, além de carros, equipamentos e materiais. Não utilizaram nada do país contratante. No caso de São Paulo, Plínio atesta a capacidade financeira e técnica da Sabesp, pois conhece bem o trabalho de toda equipe.
Análise
Plínio Tomaz, que é fundador do SAAE, lamenta que a autarquia não tenha dado certo em Guarulhos. Para ele, quem afundou o Serviço Autônomo de Água e Esgoto foram os ex-prefeitos do Partido dos Trabalhadores, que pagavam somente o valor que queriam à Sabesp e usavam na Prefeitura o dinheiro das contas pagas pelos usuários. O engenheiro acredita que a opção de Guti de entregar o SAAE à empresa estadual em troca da dívida bilionária foi acertada. Como expert, ele garante que com o tempo a cidade terá um abastecimento adequado e passará também a tratar seu esgoto de acordo com o recomendado.