Da Redação
A tentativa de firmar um Termo de Ajustamento de Conduta, estabelecendo valores mínimos de indenização para os familiares e vítimas do incêndio no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, foi frustrada. Segundo o clube, houve divergência à definição dos valores de indenização e pensão para os parentes dos dez atletas mortos na tragédia.
As informações sobre a negociação foram detalhadas ontem pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público do Trabalho, que integram a Câmara de Conciliação que se dedica ao caso junto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Os órgãos propuseram que o clube pagasse uma indenização de R$ 2 milhões a cada um dos núcleos familiares das vítimas fatais do incêndio. Além disso, o clube deveria pagar uma pensão mensal de R$ 10 mil a cada uma dessas famílias, até a data em que as vítimas completariam 45 anos.
O Flamengo recusou o acordo oferecendo indenizações por danos morais ao menos cinco vezes menores. Segundo o MPT e a Defensoria, o clube propôs pagar entre R$ 300 mil e R$ 400 mil a cada família das vítimas fatais, além do pagamento de um salário mínimo a cada uma das famílias, por um período de dez anos.
Imagem: Marcos Vidal/Estadão