Em maio de 2017, a presidente do PT Guarulhos, vereadora Genilda Bernardes, usou a tribuna da Câmara para falar de uma suposta conversa que havia tido com um desembargador, a respeito dos ex-comissionados da Prefeitura que trabalharam na gestão Almeida. Segundo ela, o magistrado teria lhe dito “pessoalmente” que se os demitidos não recebessem seus direitos trabalhistas, o atual prefeito seria processado por apropriação indébita.
Só acredito vendo
Na época, este colunista pediu provas para a parlamentar petista, uma vez que nunca havíamos ouvido falar antes (e nem hoje!) em “sentença judicial verbal”. Uma foto, um vídeo ou uma pequena postagem do encontro com o jurista já servia. Entretanto nada foi mostrado. Pelo contrário, Genilda Bernardes moveu uma ação de indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil contra minha pessoa, já que informei em meu texto, que a falta de verdade na tribuna do Legislativo poderia ser motivo de cassação de mandato, segundo o Regimento Interno da Casa.
Resultado
Os anos se passaram e agora em 2019 saiu a sentença judicial sobre o caso. A juíza responsável pelo julgamento da ação indeferiu a liminar pleiteada pela autora, que queria além da indenização financeira, a exclusão das publicações, bem como a determinação de que esse colunista fosse proibido de escrever qualquer assunto acerca da vida profissional da requerente, numa clara tentativa de calar a Imprensa. Segundo a magistrada, “em verdade, as provas acostadas nos autos indicam que o requerido não praticou calúnia, injúria ou difamação, mas sim publicou fatos e sua opinião sobre eles. Isto posto, julgo improcedentes os pedidos da autora e a condeno em custas, despesas processuais e honorários, indeferindo ainda o pedido de segredo de justiça, pois ausente qualquer das hipóteses legais que justifiquem tal medida”. Mais uma vez a Verdade e a Justiça prevaleceram!
Na mesma trilha
Agora em 2019, uma outra vereadora da Câmara Municipal de Guarulhos ingressou na Justiça mais uma vez contra este colunista, por discordar de nota e de comentários publicados em rede social. A parlamentar quer ser indenizada em quase R$ 30 mil, porque escrevi que ela foi flagrada em 2018 fazendo boca de urna na última eleição para determinado deputado federal e que também estaria agindo politicamente durante o seu mandato em prol do mesmo político. Infelizmente para algumas pessoas públicas, não interessa que se mostre a verdade, pois o que importa mesmo são seus interesses pessoais. Portanto o jeito agora é me defender arrolando as provas que tenho em meu poder. Apesar de todo o desgaste, vamos enfrentar mais uma vez essa turma que não desiste de tentar calar a Imprensa. Ano que vem teremos eleições municipais e vamos mostrar com bastante força aos eleitores quem é quem nessa cidade, sem medo de ser feliz. Quem trabalha com a verdade, nada teme! Tenho certeza que a senhora sabe o que fez, vereadora. Cuidado que o feitiço pode virar contra o feiticeiro!