Lucy Tamborino
A recepcionista Jéssica Pereira da Silva, de 28 anos, desistiu de ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São João, após permanecer na unidade da noite de terça-feira (28) para a quarta-feira (29), das 20h30 até às 3h30. Antes a jovem já teria ficado das 6h até 18h no local para conseguir fazer exame de sangue.
Jéssica estaria com dor de cabeça, no corpo e febre alta, sintomas que a levaram a buscar atendimento médico. Como isso não foi possível na rede pública, a jovem pretende agora ir até uma clínica particular de baixo custo.
“É um descaso total, não tem enfermeira e médico suficiente. Chagamos lá as 20h30 e saímos 3h30 e minha filha não foi atendida. Nós aqui em Guarulhos estamos sendo tratados como lixo“, lamentou a mãe da jovem Silvana Pereira da Silva, de 45 anos, que é dona de casa.
Em nota, a Secretaria de Saúde negou que os atendimentos estariam demorando mais de 10 horas na terça-feira (28). A pasta afirmou, que embora a unidade esteja recebendo uma demanda acima do normal, especialmente por conta do avanço da dengue naquela região, com a abertura de 734 fichas somente nesta data, todos os pacientes classificados nas cores vermelha, amarela e laranja (de maior gravidade) foram atendidos prontamente. Os demais (sem gravidade) tiveram de aguardar um tempo maior, mas a espera não ultrapassou quatro horas durante o dia e seis horas no plantão noturno.
