Hélio Senna
Coordenador de Administração e Ciências Contábeis
Os Jetsons, criado pela Hanna-Barbera, na década de 60, mostrava como seria a vida das famílias, no futuro, com toda a inovação tecnológica possível. Em Orbit City vivia uma divertida família norte-americana, composta por George Jetson, seu filho Elroy, a filha Judy, sua esposa Jane, e Astro, seu simpático cãozinho…ah…sem falar na empregada doméstica Rosie, que era uma excelente robô faz-tudo. Este desenho fascinava a audiência com um mágico exercício de futurologia, mantendo os espectadores grudados na TV graças aos avanços tecnológicos que eram mostrados em cada episódio e que seriam inimagináveis que um dia pudessem se tornar realidade: trabalho automatizado, robôs realizando atividades de seres humanos, vídeos conferências, carros voadores, apertar de botões para tudo, alimentos e bebidas saindo de máquinas, apartamentos e escritórios no espaço, calçadas rolantes, câmeras, jornais em telas, e tantas outras coisas. É verdade que muitas delas ainda não se tornaram realidade, mas uma coisa é certa: os Jetsons estão chegando.
Ao longo de quase 50 anos, esta realidade fez parte de um imaginário distante e inacessível. Nos últimos anos, no entanto, o que era um sonho fabricado na cabeça de algum artista da Hanna, tem se tornado, a passos velozes, em uma realidade onipresente. Quem de nós hoje pode prescindir da tecnologia? Como enfrentarmos este “mundo dos Jetsons”?
Em um mesmo momento histórico, há a confluência de diversos movimentos como inteligência artificial, robótica, internet das coisas, veículos autodirigidos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, novas matrizes energéticas, ufa…..Neste turbilhão, três elementos acabaram sendo os responsáveis por este movimento singular: velocidade das mudanças (exponencial em detrimento da linear); amplitude e profundidade (não apenas mudança do “o que” ou “como”, mas também do “quem” somos); e impacto sistêmico (influência em países, sociedades, organizações e indústrias). E aí eu pergunto: como os administradores vão enfrentar estes desafios?
Agora em 2019, quase 60 anos após a criação deste desenho animado, cabe uma reflexão: estamos convivendo com várias tecnologias que estão transportando o mundo dos Jetsons para dentro das organizações. A pergunta que não quer calar é: como fazer o futuro profissional de administração ser vencedor dentro de um mercado de extrema competição, com um número enorme de formandos todos os anos e, além disto, sabendo que muitas das atribuições tradicionais serão substituídas em função das novas tecnologias?
São, de fato, muitos desafios!!! Muitos destes desafios passam justamente pela esfera industrial. Vamos falar agora especificamente da indústria 4.0, que está dentro desta cesta de novidades. Há estudos que apontam uma tremenda otimização no parque industrial com a implementação da indústria 4.0, conceito este que traz economia, eficiência e redução nos custos. Por outro lado, este confronto pode trazer novas oportunidades para a indústria brasileira que já enfrenta muitas adversidades em função do atual cenário econômico. Esta nova revolução industrial pode ser uma grande chance. A 4.0 se apoia basicamente na fusão do mundo físico com o mundo digital. Isto significa dizer que as revoluções anteriores, que trouxeram a produção em massa, a linha de montagem e a tecnologia da informação cedem terreno para esta nova concepção. Não é apenas tecnologia ou automação na indústria. Isto já existe. É elevar tudo isto a um grau extremo. Também é constatar que até o homem com sua capacidade intelectual pode ser substituído dentro deste novo modelo. E aí, o administrador precisa desenvolver competências para não ficar à margem deste processo de transformação industrial, cujos pilares são a internet das coisas, o Big Data, a computação em nuvem, e a inteligência artificial. Os futuros profissionais e líderes precisam ingressar nessa vertente que congrega tecnologias as mais diversas em um grau nunca antes imaginado.
Lembram dos Jetsons? Pois é! Além disto, neste contexto, será valorizado o profissional com capacidade de gestão de pessoas e que saiba trabalhar em equipe, ou seja, será exigida uma nova cultura de liderança que valorize a motivação, a criatividade, e a formação de um indivíduo capaz de trabalhar de forma colaborativa. Serão profissionais com formação multidisciplinar e inovadores. Precisarão possuir flexibilidade, isto é, pessoas que possam se adaptar às mudanças constantes e à uma nova cultura empresarial. E não esqueçam: o domínio de idiomas será fundamental.
Enfim, neste novo ambiente, a liderança vai precisar de ousadia, compromisso e coragem com a execução de várias estratégias que precisarão fugir do lugar comum. Este administrador não poderá perder tempo com reflexões intermináveis que sempre resultarão em respostas óbvias e “receitas de bolo”. O estímulo a atos inovadores fará toda a diferença no mundo, pois é do agir inovador que virão as principais lições para um pensar disruptivo. Disruptivo? Que palavrão é este? Por disruptivo entende-se tudo aquilo que possui características inovadoras que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidas no mercado. É necessário envolver e engajar toda a organização nessa perspectiva. E onde entra a educação? Ela acaba vindo nesta onda, pois o ambiente em transformação demanda uma reflexão profunda sobre os modelos de aprendizado mais adequados a essa nova era, e a educação, portanto, também precisará ser disruptiva. Faz-se necessário desaprender e estar aberto ao novo.
Inovação, criatividade, mundo digital, liderança, trabalho em equipe, disruptivo…….tantas coisas. Então, o que fazer? A orientação é: prepare-se já! A Faculdade Torricelli dá a você a oportunidade de se inserir nesta nova realidade oferecendo projetos práticos deste o primeiro semestre em linha com estas novas tendências. O que nós vislumbramos é uma nova lógica de relacionamento instituição-aluno para atender este futuro que já está às portas. Não precisamos mais de uma formação focada nas formas de produção do passado. Isto é história. O futuro está na compreensão das novas tecnologias que estão abolindo o tradicional modo de fazer e automatizando as operações e controles. E a compreensão desta nova realidade e a imersão total neste mundo é o que temos a oferecer. Estamos em mundo moderno. Então, ensino moderno.
Se você acha que George Jetson ainda está longe, sugiro que corra urgente, antes que o cão Astro morda seu calcanhar ou seja sugado pelo aspirador da Rosie. Conte conosco. Vamos ajudar você a se teletransportar para este mundo!! A única instituição de ensino superior que pode fazer isto por você é a Faculdade Torricelli, uma faculdade que você nunca viu igual.
