Coluna Livre com Hermano Henning

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A vocação econômica de Guarulhos foi a indústria durante muito tempo. Começou nos anos 1950 e se estendeu até os 2000, quando recebeu considerável impulso do setor de serviços. A indústria foi a responsável pela explosão da cidade, provocada principalmente pela Rodovia Presidente Dutra. As fábricas começaram a se instalar aqui, ao longo da Dutra, quando os terrenos ainda eram mais baratos que na cidade de São Paulo. Era bom negócio instalar uma fábrica em Guarulhos. Grandes, médias e pequenas. Havia espaço para todas. O mercado consumidor, representado pela capital, muito próximo, sempre foi extremamente importante. Nossas fábricas funcionam até hoje. Mas a economia do município se expandiu.

O aeroporto internacional, em Cumbica, mexeu com a cidade impulsionando o setor de serviços. Na esteira do aeroporto vieram os hotéis. Hotéis de nível internacional de fazer inveja a muitas capitais de estado pelo país. E os shopping centers? Temos hoje vários deles, junto com um centro comercial popular representado pela rua D. Pedro II bem no centro da cidade.

Diante disso, há quem acredite que a vocação atual de nossa cidade pode ser o turismo. Turismo empresarial por excelência.

Cerveja feita aqui

Danilo Duarte Ramalho é uma das pessoas que acreditam no potencial guarulhense. Neto de Faustino Ramalho, saudoso vereador que representava a Vila Galvão no tempo em que o legislativo local contava com gente como Moriô Sakamoto, Edgard Casal Del Rey, Gasparino José Romão e outros, até hoje reside no bairro. O avô disputava os votos daquela vizinhança com Casal Del Rey, também representante daquela área na Câmara.

Danilo Duarte é formado em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduado pelo Senac em Gestão do Conhecimento. É autor de dois livros que recomendo. Um deles, “Guia 100 Lugares para Conhecer Guarulhos”, tem muitas surpresas. Fala da fábrica de cerveja artesanal de Guarulhos que poucos conhecem (Guarubier, do mestre cervejeiro Cauê Santos), da secular Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (começou a ser construída em 1741), da capela do Senhor Bom Jesus da Cabeça na estrada do Cabuçu, e principalmente da Festa em Louvor a Nossa Senhora de Bonsucesso, a mais tradicional do município, que acontece agora no mês de agosto.

São cem atrações na cidade que muita gente daqui não conhece.

Mas o que interessa mesmo nosso amigo Danilo é o investimento no chamado turismo empresarial. “É aí que está o futuro”, diz ele. Voltarei ao assunto.

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