Da Redação
A expectativa de vida ao nascer subiu para 76,3 anos no
Brasil em 2018, segundo as Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas nesta
quinta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi um aumento de três meses e quatro dias em relação a 2017. Além do aumento
na expectativa de vida, houve queda na mortalidade infantil entre 2017 e 2018,
informou o IBGE.
As mulheres mantiveram o padrão de ter uma expectativa de vida maior do que a
dos homens. Em 2018, a diferença foi dos mesmos 7,1 anos registrados em 2017. A
expectativa de vida dos homens aumentou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em
2018, enquanto a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos.
Santa Catarina manteve a condição de estado com a maior expectativa de vida ao
nascer no País. Na média entre homens e mulheres, os catarinenses nascidos em
2018 têm expectativa de viver até 79,7 anos, enquanto no Maranhão, Estado com a
pior condição, o número ficou em 71,1 anos.
Já a expectativa de sobrevida aos 65 anos é maior no Espírito Santo. Uma pessoa
idosa que completasse 65 anos em 2018 no Espírito Santo teria a expectativa de
vida de 20,4 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa
masculina capixaba viveria mais 18,4 anos e a feminina, 22,2 anos, segundo o
IBGE.
Na outra ponta, os Estados com a pior expectativa devida aos 65 anos são
Rondônia e Piauí. Na média entre homens e mulheres, uma pessoa que completasse
65 anos em 2018 em Rondônia teria expectativa de vida de mais 16,1 anos. As
mulheres de Rondônia têm a pior expectativa de vida aos 65 anos no País, com
mais 17,3 anos. Já entre os homens, a menor expectativa está no Piauí, com 14,7
anos.
As informações sobre a expectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos
parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias
do Regime Geral de Previdência Social.
Segundo o IBGE, a expectativa de vida das mulheres é maior por causa da
violência. Em 2018, um homem de 20 anos tinha 4,5 vezes mais chance de não
completar 25 anos do que uma mulher no mesmo grupo de idade, fenômeno que pode
ser explicado “pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não
naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina”.
“A partir de 1980, as mortes associadas às causas externas ou não
naturais, que incluem os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito,
afogamentos, quedas acidentais etc., passaram a desempenhar um papel de
destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de
mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino”, diz a
nota do IBGE.
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil