Bolsonaro confirma demissão de secretário de Cultura

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O presidente Jair Bolsonaro confirmou no início da tarde desta sexta-feira, 17, por meio de nota, a demissão do secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. Segundo Bolsonaro, a situação de Alvim no governo ficou “insustentável” após ele gravar um vídeo com discurso quase idêntico ao do ideólogo nazista Joseph Goebbels. A fala teve forte repercussão entre autoridades e na comunidade judaica.

“Comunico o deslizamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, escreveu o presidente.

Bolsonaro reiterou, no texto, “o repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas”.

“Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”, declarou o presidente.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que “a única ideologia política admissível no Brasil é a democracia participativa, que tem como princípio fundante a liberdade de expressão”.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, o secretário de Cultura, Roberto Alvim “ultrapassou todos os limites”. Segundo o presidente da OAB, a declaração foi uma “clara e aberta apologia ideológica do regime nazista”. Santa Cruz disse ainda que os “setores do governo testam há meses os limites democráticos”, “flertam com as ditaduras de hoje e do passado”.

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