Meu prezado e dedicado leitor, ou leitora, pode acreditar: já contei pelo menos quinze nomes de “prováveis candidatos” a prefeito anunciados pelos meus colegas jornalistas de Guarulhos. Cada dia aparece mais um. Quinze, por baixo. Os candidatos se sucedem a cada nova coluna de jornal. E nos sites de notícias.
Por que será que aparece tanta gente, já que não se consegue definir mais que dois ou três, no máximo, com chances? Digo, chances reais de chegar a um possível segundo turno nessas eleições deste movimentado 2020.
Um observador atento do que acontece nessa bolha que respira política e disputa de cargos entre Câmara e Prefeitura tem uma explicação lógica. E, acredito, perfeita. O que esse pessoal quer na verdade é aparecer e negociar.
A coisa funciona assim: Lanço minha candidatura, faço um movimento, e lá na frente retiro meu nome em favor de um desses candidatos mais fortes. Os cacifados.
Ao manifestar meu apoio sempre tenho algo em troca. Esse “algo em troca” pode ser uma secretaria, quem sabe? Ou pelo menos uma diretoria de departamento.
Dependendo da “força” de cada um desses nomes, a negociação pode render muito lá na frente. O prefeito que se elege em cada um desses mais de cinco mil municípios do país já sabe. Assume com os chamados “compromissos de campanha”.
Seria ótimo se esses compromissos envolvessem a construção de uma escola, uma creche, um posto de saúde ou até mesmo uma praça de esporte em determinado bairro. É pena que não se trata disso.
O jogo é esse. Por isso, desconfie desses candidatos periféricos.
Regina Duarte
“Entrou na política, entrou num liquidificador”, disse Jair Bolsonaro ao falar ontem dos covardes e desavergonhados ataques que o ator José de Abreu desfere contra a sua escolhida para a Secretaria da Cultura, a atriz Regina Duarte.
Eu diria que a “Namoradinha do Brasil”, ou “Viúva Porcina” como o pessoal do PT gosta de chamá-la em tom jocoso, se prepara para entrar numa “máquina de moer carne”.
Não é só isso. Trocar um contrato que se alonga por 50 anos com salário pelo menos dez vezes maior do que se propõe a ganhar no serviço público, não é pra qualquer um.
Regina Duarte não foi nomeada até agora, no preto e branco, por causa de sua ligação com a Globo. A anunciada escolha para a Cultura já foi abordada duas vezes no Jornal Nacional. A emissora mostra que é imperativo desligar o nome da atriz de seu elenco. Tudo bem.
Quanto a José de Abreu, o personagem símbolo do petismo desses dias, também contratado da Globo, nenhuma palavra do locutor do Jornal Nacional. Sente-se mais global do que nunca.