José Augusto Pinheiro, 57 anos, jornalista guarulhense,
palestrante, mestre de cerimônias, escritor e orador da Academia Guarulhense de
Letras.
Fazer o bem faz bem. Para a saúde física, mental
e emocional. E, por que não dizer, ainda agrega o valor de rejuvenescer.
Enquanto houver respiração, a renovação celular nos acompanha a cada momento de
nossa vida. São bilhões de células que ‘morrem’ diariamente, cedendo espaço
para centelhas divinas novas em folha e saudáveis. Ah, o sorriso também faz bem
para a pele, dando a impressão de que a juventude é moradora definitiva do
rosto e do espírito.
O recém-lançado livro “Dia após Dia, Disciplina
e Gratidão”, de nossa bissexta lavra, incentiva o registro de ao menos três
boas ações por dia – a exemplo dos escoteiros. Todos nós fazemos inúmeros
gestos de amor fraternal, mas não nos damos conta disso. Porém, vale a pena
fazer uma reflexão antes de dormir sobre quais foram os momentos em que o mundo
ficou melhor a partir de atitudes originárias de nosso coração.
Nesta semana, eu tive ao menos três momentos
inspiradores. Na segunda-feira, 17, abri os olhos logo cedo e me recordei de um
amigo muito querido que fazia aniversário pela 90ª. vez. Proeza chegar bem, com
lucidez e serenidade a essa importante marca temporal. Josias Arruda é o nome
dele! Morador há décadas da Vila Galvão, Josias é meu amigo desde 1987. Quando
eu o conheci, ele tinha a idade que eu acabei de completar. Que modelo de homem
pacato e, simultaneamente, culto; doce e incisivo; amável e desafiador.
Na terça-feira, 18, eu fui visitar a senhora
Irene Aires. O objetivo foi entregar a ela um exemplar do livro, solicitado
durante encontro casual em uma de minhas caminhadas matinais. Eu cumprimentei a
dona Irene, ela respondeu e, a seguir, nós empreendemos um bom diálogo – como
nos tempos ‘pré-celular’. Aliás, ao sair de casa, eu não carrego comigo esse
aparelho. Dá uma liberdade! É como reconquistar a individualidade, para
contatar exclusivamente o Criador. Irene me recebeu muitíssimo bem, conforme os
costumes das gerações mais experientes por aqui. Recomendou que eu continue
dando atenção às pessoas e às boas palavras. É, isso também faz bem para as
células faciais.
O terceiro momento positivo foi virtual.
Navegando pela internet, eis que eu deparo com mensagem de alguém que eu não
conhecia. “Sou amiga da sua mãe”, dizia a dona Aurora Ventura. Serei o
intermediário entre as duas amigas que há muitos anos não se veem, tampouco se
abraçam. Detalhe: a minha amada genitora não aderiu à onda das redes sociais.
Aninha congelou a imagem inteirando-se das notícias pela TV aberta, e se
comunicando com o mundo exterior por meio da telefonia fixa. Alô, mãe!
Olho: Cheguei a casa do Josias na hora do
‘parabéns para você’. Cantei eu, cantou ele, cantamos todos que o amam.
O autor das boas ações é o seu maior beneficiário.
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