Em tudo na vida, somos direcionados a agir conforme a nossa cultura. Com o passar do tempo, a evolução tecnológica e conhecimento de outros modos de vida, até nos adaptamos e remodelamos nosso modelo mental. Porém, parte das coisas com as quais deixamos de ter contato – por falta de afinidade ou por não fazer parte do cotidiano de nossas vidas profissionais – tendem a se perder. E acabamos por manter o modelo mental desenvolvido durante a nossa formação de caráter. Tudo aquilo que ouvimos na infância e até mesmo as crenças pregadas por nossos ancestrais.
Esse tradicionalismo se mantém nas escolhas dos investimentos e relacionamentos bancários. Até mesmo por encarar o mercado de investimentos como uma Caixa de Pandora, repleta de males ocultos, muitos investidores preferem seguir atrelados àquilo que seus pais e avós faziam na hora de guardar dinheiro.
E as opções que eles tinham eram sempre tijolo e poupança, basicamente. Ou se investia em imóveis ou guardavam as economias nos principais bancos do mercado.
Em defesa dessa cultura deixada por nossos pais, vale ressaltar que o mercado de investimentos, como conhecemos hoje, é relativamente novo. Pode-se dizer que os fundos de investimentos e as alternativas no mercado de capitais são posteriores à década de 1960. Por essa razão é muito fácil entender o motivo dos nossos pais e avós serem tão pouco familiarizadas com o modelo e sempre direcionarem nossa educação para o sempre conheceram, para o que dava mais segurança.
No entanto, os tempos são outros. E um dos vários pontos ilusórios que esse tradicionalismo insiste em nos empurrar é o de acreditar que a centralização bancária pode ser benéfica ao investidor. Os bancos, inclusive, foram obrigados a melhorar suas taxas de remuneração em CDBs para tentar reter seus clientes, em uma consequência clara do que as plataformas abertas de investimentos trouxeram ao mercado. Os clientes, aos poucos, passam a perceber que investir via plataformas de corretoras trazem mais segurança (pela possibilidade de diversificação e pulverização) e maior possibilidade de retorno em suas aplicações.
Em uma economia com taxa básica de juros na casa de 2,25% ao ano, fica clara a necessidade de uma gestão ativa e profissional nas carteiras de investimentos. Por isso, busque sempre informações confiáveis e faça utilização de profissionais especializados para te auxiliar na hora de investir seu dinheiro. O mercado de investimentos é repleto de oportunidades. Liberte-se do tradicionalismo e amplie suas possibilidades.
Daniella Rolim, CFP®, é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Banking e tem MBA em Gestão de Negócios e Finanças. Educadora financeira formada pela DSOP, é planejadora financeira com certificação internacional CFP e diretora comercial da Flap Capital