O termo educação financeira tem sido bastante utilizado no decorrer dos últimos anos. Com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, que pode acarretar no desemprego de 14,2% da população brasileira até o final de 2020, segundo estimativa da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a preocupação em relação a assuntos econômicos, obviamente, aumentou no Brasil e no mundo.
Mas apesar de o interesse sobre o assunto crescer, muitas pessoas ainda confundem educação financeira com finanças pessoais. Prova disso é que, entre os dias 8 e 15 de março deste ano, a busca pelo termo “finanças pessoais” subiu 22% no Google.
Claro que todo conhecimento agrega na hora do aperto, mas é importante as pessoas conhecerem as diferenças para que as decisões sejam tomadas corretamente. Quando falamos de educação financeira, estamos nos referindo aos hábitos das famílias/empresas relacionados a renda mensal.
Quem nunca foi pego de surpresa e se perguntou: “Onde gastei todo o meu dinheiro?”. É disso que a educação financeira trata – entender quais são as despesas essenciais e quais não são.
Para que haja uma educação nesse sentido, o primeiro passo é entender que não se pode gastar mais do que recebe. Isso é essencial! Até parece algo óbvio e fácil, porém não é para todos.
E por que é mais complexo do que se imagina, ainda mais em tempos de crise? Porque em uma economia que apresenta queda de empregos formais ano após ano, como é o caso da brasileira, a variação de renda mensal é muito grande. Em um mês, por exemplo, a pessoa pode faturar R$ 1 mil. Já no outro, o valor pode cair para R$ 500.
Além disso, o empreendedor, erroneamente, mistura a renda da empresa com os gastos cotidianos, o que prejudica o controle do dinheiro. Outro equívoco comum é realizar compras parceladas e perder o controle do caixa.
Uma maneira de escapar dessas armadilhas é se planejar. A educação financeira é necessária para conhecer o real estado de suas finanças e entender os motivos das dívidas. Somente assim, é possível identificar os erros, consertá-los e virar o jogo para sair do vermelho.
Daniella Rolim
CFP®, é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Banking e tem MBA em Gestão de Negócios e Finanças. Educadora financeira formada pela DSOP, é planejadora financeira com certificação internacional CFP e diretora comercial da Flap Capital