Da Redação
O juiz federal Sérgio Moro determinou ontem a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme a decisão, Lula terá até às 17h de hoje para se apresentar voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato.
A medida foi tomada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou nesta quarta-feira (04) um habeas corpus protocolado pela defesa para mudar o entendimento firmado pela Corte em 2016, quando foi autorizada a prisão após o fim dos recursos naquela instância. Lula foi condenado a 12 anos e um mês na ação penal do tríplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.
Moro também determinou à Polícia Federal que não sejam utilizadas algemas em “qualquer hipótese”. O juiz também determinou que Lula terá direito a cela especial. Os detalhes da apresentação devem ser acordados pela defesa com o delegado da Polícia Federal Maurício Valeixo, também Superintendente da Polícia Federal no Paraná, ainda segundo Moro.
“Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”, diz Moro no despacho.
Lula deixa sede de instituto
A movimentação na porta do Instituto Lula ficou mais agitada após a decisão de Moro. O ex-presidente, que esteve no instituto durante o dia todo, deixou o local no início da noite, ao lado do advogado, em seu carro, sem falar com a imprensa. O carro de Lula saiu rapidamente, acompanhado por fotógrafos e alguns curiosos. A ex-presidente Dilma Rousseff esteve com ele o dia todo no instituto.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil