Câncer de próstata: uma doença que é melhor prevenir do que remediar

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No próximo mês de novembro, comemora-se o Dia Internacional da Conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, considerado  hoje a segunda maior incidência da doença  entre homens em todo o país, ficando atrás apenas do câncer de pele.

Dados estatísticos recentes do Instituto Nacional do Câncer (INC) estimam que são diagnosticados anualmente mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata e mais de 13 mil mortes provocadas por ele no Brasil. Considerado também como o segundo câncer de maior incidência e o quinto em mortalidade entre os homens. Em âmbito mundial o câncer de próstata registra  1 ,1 milhão de novos casos por ano e cerca de 300 mil mortes.

Segundo Dr. Paulo Sakuramoto, médico urologista do Hospital Nipo-Brasileiro, esses dados alarmantes indicam a grande  importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata: “ Uma vez diagnosticado o câncer que pode ser de baixo ou de alto risco de malignidade, o tratamento indicado pode ser feito de quatro formas: 1. cirúrgico, com a oblação do  referido órgão, 2. radioterapia em diversas modalidades; 3. através de medicamentos  e por  último, em regime de vigilância ativa ou acompanhamento, com retorno a cada 3 ou 4 meses”, explica ele.

Dr. Paulo Sakuramoto acrescenta também que uma vez decidida pela ablação ou retirada da próstata, o procedimento pode ser realizada de várias formas: 1. Cirurgia aberta, 2. Laparoscópica  ou  3. Robótica,  procedimentos  estes  cujos resultados oncológicos (índices de cura) são todos semelhantes, enquanto que   os dois últimos (laparoscópica e robótica) são menos invasivos , porém,  os índices de incontinência e impotência são todos semelhantes com os da cirurgia aberta.  Existem outras formas de tratamento menos invasivos como o ultrassom focalizado de alta frequência (HIFU) e a crioablação,  que atualmente estão em regime de testes , ainda não aprovados para uso rotineiro.

PREVENÇÃO

Tendo em vista não existir uma causa definida para o câncer de próstata, Dr. Paulo Sakuramoto enfatiza como medida preventiva, a necessidade do fim do preconceito e a resistência ainda prevalentes entre uma parcela significativa de homens de se submeter aos exames de PSA e, especialmente, o de toque retal, indicados para o diagnóstico precoce de câncer.

Segundo Dr. Sakuramoto, a idade mínima recomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia para a realização desses exames é a de 50 anos, que deve ser antecipada para 45 anos em caso de pacientes com histórico familiar: “ Nódulos detectados na próstata, com PSA maior de 4, tem grandes possibilidades de câncer, daí a necessidade de se fazer o toque retal e o de PSA, para permitir um diagnóstico mais preciso, especialmente porque em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas”, alerta ele.

SINTOMAS

Basicamente, potenciais candidatos ao desenvolvimento de câncer de próstata apresentam um perfil  sedentário, com alimentação inadequada e portadores de síndromes metabólicas, ou seja, diabetes, índices de colesterol elevado, com sobrepeso ou obesidade e fumantes.

De maneira geral, os homens a partir de 45  anos devem consultar um urologista preventivamente, mesmo sem sintoma nenhum. Se apresentar alguns sintomas urinários como, por exemplo, dificuldade em iniciar a micção, jato fino e fraco, jato interrompido, aumento da frequência de micções durante o dia e especialmente durante a noite, dor ao urinar , presença de sangue na urina,  presença de sangue no esperma ou ejaculação dolorosa são sintomas inespecíficos que podem estar presentes em aumentos benignos de próstata como também nos aumentos malignos. Daí a necessidade examinar para investigar a doença e tratar da melhor forma possível.

Em se tratando de prevenção, independente  de fatores de risco como envelhecimento e histórico familiar, com parentes de 1º grau (pai, irmão ou filho) diagnosticados com câncer de próstata em idade precoce (menos de 65 anos), a incidência é reduzida com a adoção de estilo de vida saudável, que privilegie uma dieta saudável e rica em frutas, especialmente tomate, verduras, legumes, grãos, cereais integrais e com menos gordura.

Adicionalmente, procurar manter o peso adequado à altura, através da prática frequente de atividades física, que atua na prevenção contra o sobrepeso ou diferentes níveis de obesidade, diminuir o consumo de álcool e o tabagismo.

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