A Prefeitura de Guarulhos divulgou nesta terça-feira (15) o Mapa da Violência contra a Mulher, o qual apresentou um total de 9.410 boletins de ocorrência registrados em 2021 nas delegacias do município. Em 2019 foram lavrados 7.684 boletins, o que significa que naquele ano houve 22,46% casos a menos em relação a 2021. Já em 2018 foram registrados 7.911 boletins, ou 19% a menos do que no ano passado.
Em 2020, ano em que houve grande restrição de circulação de pessoas em razão da pandemia de covid-19, foram feitos 6.430 registros de violência contra a mulher, o que equivale a menos 46,34% em relação a 2021.
“O Mapa da Violência contra as Mulheres, idealizado e implantado em 2017 e divulgado semestralmente, é muito importante para direcionar nossos trabalhos. Ele demonstra claramente que em 2020, em função da fase mais restritiva da pandemia, foi muito difícil para as mulheres fazerem denúncias. Em 2021, apesar de a pandemia estar em uma fase mais aguda, ele demonstra a elevação significativa de casos, uma vez que possibilitou às mulheres registrarem suas queixas”, comentou a subsecretária de Políticas para Mulheres, Verinha Souza. A pasta é a responsável pela divulgação dos dados.
O documento traz também o levantamento dos dez bairros com maiores índices de violência contra as mulheres, que juntos totalizam 5.330 registros, os quais representam 57% dos boletins de ocorrência. Em primeiro lugar está o Pimentas, com 1.120 casos registrados, seguido de Bonsucesso (647), Taboão (621), Jardim São João (617), Cabuçu (573), Cumbica (535), Picanço (387), Vila Galvão (300), Jardim Presidente Dutra (283) e Vila Rio de Janeiro (247). O arquivo completo pode ser conferido no link https://bit.ly/MapaViolênciaMulher2021.
As informações do levantamento, de acordo com a gestora da pasta, possibilitam o planejamento de políticas públicas para combater a violência contra a mulher. “Temos o projeto E Eu com Isso?, uma proposta de sensibilização de toda a sociedade para entender as formas de violência contra a mulher e estimular a denúncia pelo Disque 180. Estamos direcionando nossos trabalhos aos bairros com maior índice de violência”, completou Verinha.
Atendimentos
A Subsecretaria de Políticas para Mulheres disponibiliza seis unidades das Casas e Espaço da Mulher Clara Maria, as quais realizam trabalho de prevenção à violência doméstica por meio de cursos, oficinas e palestras. Os locais atendem mulheres entre 18 e 60 anos e têm como objetivo promover a igualdade de gênero, contribuindo para o empoderamento da mulher para que consiga romper o ciclo de violência.
Já para as mulheres vitimadas a assistência é feita pela Casa das Rosas Margaridas e Betes – Centro de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica (rua Paulo José Bazzani, 47, Macedo). Lá é oferecido atendimento psicossocial, o qual envolve encaminhamento para serviços de moradia, saúde, alimentação, além de atendimento jurídico.
A Subsecretaria de Políticas para Mulheres integra a Secretaria de Direitos Humanos da administração municipal.