Hospital Nipo-Brasileiro oferece método diagnóstico necessário contra infertilidade 

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a infertilidade afeta hoje mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 8 milhões só no Brasil. 

Realizado desde a década de 1960 no Brasil, a histerossalpingografia ou simplesmente HSG, é um método diagnóstico de grande importância no estudo das causas de infertilidade conjugal. 

Resumidamente, esse exame permite diagnosticar se o trajeto que deve ser percorrido pelo óvulo pela trompa de Falópio, local onde ocorre a fertilização na mulher, é possível e se a mesma encontra-se “aberta”, além de um estudo anatômico do útero e da trompa. 

Dr. Alexandre Oksman, médico radiologista do Hospital Nipo-Brasileiro, explica que esse exame é indicado para pacientes com dificuldades para engravidar, quando há suspeita de alterações nas trompas, endometriose na pelve, anomalias congênitas ou ainda aderências no útero após infecções e curetagem: “Realizado há mais de 100 anos, a HSG continua sendo até hoje a principal ferramenta para avaliação das trompas, que estão muitas vezes relacionadas às dificuldades de engravidar. A partir desse exame, sabendo que as trompas estão pérvias, ou simplesmente “abertas”, tratamentos podem ser propostos de forma mais personalizada e efetiva”. 

Em geral, as causas da infertilidade começam a ser investigadas após 12 meses de tentativas sem o uso de qualquer método contraceptivo. E se a mulher tem mais de 35 anos, o prazo para investigação diminui para seis meses de tentativas de forma natural, já que a partir dessa idade a sua capacidade reprodutiva diminui progressivamente. 

Dr. Alexandre esclarece, porém, que a infertilidade não é um problema exclusivo da mulher. Cerca de 30% são de causas masculina, 30% de causas femininas, 20% de causas mistas e 20% de causas não identificadas. 

Esse exame, segundo ele, é realizado geralmente em ambulatório por um médico radiologista especializado, sem a necessidade de internação ou sedação, com a inserção de uma sonda especial pelo colo uterino e aplicação de contraste iodado para a realização de radiografias em sequência, num processo que na maioria das vezes é concluído em 10 minutos. 

Dr. Alexandre ressalta ainda que neste semestre o Hospital Nipo Brasileiro adquiriu um novo e moderno equipamento de Raio-X, com intensificador de imagem digital que permite, de forma mais dinâmica, realizar este procedimento. 

O especialista explica que o HSG deve ser feito entre o 5º e 12º dias do ciclo menstrual, período entre o final da menstruação e pouco antes da ovulação: “o exame não deve ser realizado se a paciente estiver com sangramento menstrual abundante vigente, infecção e/ou inflamação ginecológica ainda não totalmente resolvidas. Caso ela não esteja menstruando regularmente ou usando medicações que bloqueiam o ciclo menstrual, poderá fazer o exame após avaliação do médico radiologista responsável. 

FATORES DE RISCO 

Segundo ele, o HSG é um procedimento minimamente invasivo, rápido e que pode fornecer informações significativas sobre uma variedade de anormalidades que causam infertilidade ou abortamentos: “Esse exame geralmente provoca um pequeno desconforto, semelhante às cólicas do período menstrual, que varia em intensidade de acordo com a sensibilidade de cada mulher e muito embora a grande maioria tolere bem, em alguns casos raros essas cólicas podem ser um pouco mais incômodas, porém, de curta duração”, esclarece ele. 

Dr. Alexandre, que hoje é responsável pelos exames de HSG realizados semanalmente no Hospital Nipo-Brasileiro,  destaca, além da endometriose e infecções, outros fatores de risco para infertilidade como a obesidade, o cigarro, o stress, o consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas ilícitas, deficiência de vitaminas e vida sedentária: “nunca é demais alertar que o cuidado com a saúde e o bem-estar também influenciam na vida reprodutiva” – finaliza ele.   

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