Três anos após o início da pandemia, Guarulhos se destaca com ações assertivas e salva vidas

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Em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) caracterizou a covid-19 como uma pandemia, a mais mortal em um século, desde a gripe espanhola. Em Guarulhos as ações imediatas e assertivas da Prefeitura permitiram que, até o momento, 130.199 pessoas que contraíram a doença tenham se recuperado.

Apenas 16 dias depois do início da pandemia, no dia 27 de março, a cidade inaugurava o primeiro hospital de campanha do Brasil, que ajudaria a salvar mais de 600 vidas em pouco mais de cinco meses de funcionamento. O Centro de Combate ao Coronavírus de Guarulhos (3CGRU) receberia até o final da tarde daquele dia três pacientes – duas mulheres e um homem. O complexo iria funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, com 70 leitos, sendo dez de UTI, para o atendimento de pacientes infectados pela covid-19.

Localizado ao lado do Clube Cecap, próximo ao Hospital Geral de Guarulhos, o 3CGRU tinha estrutura e capacidade para o atendimento de casos de infecção pelo novo coronavírus considerados de baixa, média e alta complexidade. Para tanto, contava com 14 respiradores mecânicos para pacientes graves e cerca de 200 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, equipe de limpeza e de segurança. O hospital de campanha ocupava um espaço de 5 mil m², com 3 mil m² de área construída, incluindo tendas, carreta com tomógrafo e espaço para estacionamento de ambulâncias.

No dia 2 de setembro do mesmo ano um misto de felicidade, dever cumprido e muita emoção tomou conta da equipe médica do hospital de campanha, quando teve alta do complexo o último paciente internado. E.S.G., de 63 anos, que dera entrada no local em estado grave sete dias antes e foi direto para a UTI, deixou a unidade totalmente curado e com uma grande festa preparada pelos profissionais para celebrar mais uma vida salva dentre as mais de 600 que conseguiram se recuperar somente naquele hospital de campanha.

Início da vacinação

A primeira vacina aplicada em Guarulhos foi em 20 de janeiro de 2021.  Na noite daquela quarta-feira, por volta das 19h, Bruno Batista Pereira, 37 anos, técnico de enfermagem do Hospital Municipal de Urgências (HMU), foi o primeiro profissional de saúde a receber a vacina Coronavac em Guarulhos. Na época somente esse imunizante estava disponível. Além da vacina da Sinovac, chegaram a AstraZeneca, a Janssen e a Pfizer. Hoje o município está imunizando os idosos com 60+ e os imunossuprimidos com a Pfizer Bivalente, a chamada quinta dose, e já aplicou 3.621.270 vacinas em sua população (dados atualizados até a última sexta-feira, 10 de março).

A diretora de Vigilância em Saúde, Valeska Aubin Zanetti Mion, esteve à frente do comando desse departamento desde o início da crise sanitária. “A pandemia despertou como poucas vezes na História o mundo da ciência. Na resposta contra a covid-19, a Vigilância em Saúde enfrentou vários desafios: diagnóstico e operacionalização da vacinação”, comentou.

Para ela foi fundamental a rápida ação para imunizar a população. “Recebemos as vacinas do Estado no dia 20 de janeiro de 2021 à tarde e, em poucas horas, conseguimos fazer a distribuição para os serviços de urgência e iniciamos a imunização”.

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