A importância de entender e escolher a melhor diversificação para seus investimentos

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Daniella Rolim, CFP®, é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Banking e tem MBA em Gestão de Negócios e Finanças. Educadora financeira formada pela DSOP, é planejadora financeira com certificação internacional CFP e diretora comercial da Flap Capital

Com a popularização dos serviços de assessoria de investimentos e a onda de “desbancarização” (fuga dos investidores dos produtos “empacotados” oferecidos pelos bancos), uma filosofia para as carteiras de investidores também ganha volume: a tal da diversificação. Mas é preciso tomar cuidado, porque às vezes o conceito se torna popular, mas sua essência não é corretamente seguida.

Diversificar, realmente, tem sua importância, inclusive em outros segmentos: diversificação de clientes ajuda nos negócios; diversificar o combustível pode garantir melhor funcionamento em carros flex; há também a diversificação imobiliária (fundos imobiliários). Ou seja, diversificar é algo que, entre outras coisas, ajuda a minimizar seus riscos.

Voltando aos investimentos, muito se fala, mas pouco se explica sobre diversificação. E é nesse momento que acontecem os erros mais comuns.

Essa estratégia vai muito além de simplesmente escolher diversas classes de ativos financeiros para alocar seus investimentos. Trata-se muito mais de correlacionar a sua vida, as suas escolhas e os seus objetivos e, com base nessas informações, somando-se o tempo, fazer as escolhas corretas para colocar seu dinheiro.

Além disso, é preciso olhar com mais cuidado para as opções de investimentos no Exterior. Dá (e como dá…) para diversificar sua carteira com ótimas opções de fora.

Há alguns dias, fiz uma enquete no meu Instagram (@dani_rolim), comparando marcas de maquiagem, entre produtos importados e nacionais. Todos os meus seguidores escolheram os itens importados (de diversas nacionalidades). Nenhum produto nacional ganhou a preferência na enquete. No final, os seguidores deveriam informar o motivo das escolhas e as respostas giravam em torno de qualidade e da boa experiência.

Isso também acontece com alimentos, bens de consumo, viagens, entre outros produtos e serviços. O que mostra o quanto nosso consumo é globalizado. Por isso, faz todo sentido nossos investimentos também serem globalizados.

O mercado de investimentos brasileiro representa menos de 5% das opções globais. Diante de todo o risco que o cenário brasileiro apresenta – entre eles o fato do Brasil ser um país emergente, de alto risco político, econômico e tributário -, não me parece razoável que todo o patrimônio acumulado por um investidor fique tão exposto. O padrão de vida dele já se globalizou.

Outro paralelo importante com minha enquete dos produtos de maquiagem: parte dos nacionais tinha marcas diferentes, mas pertencentes ao mesmo grupo empresarial. Trazendo para o mundo de investimentos, acontece algo parecido. Três “marcas” diferentes podem representar uma empresa só. E um bom assessor de investimentos pode mostrar que essa não é uma diversificação, como parece.

Sem assessoramento, ele pode ser levado a acreditar que está colocando seus ovos em cestas diferentes, protegido do risco, mas as cestas estão no mesmo caminhão. Se esse caminhão tombar, ele perde tudo.

Portanto, a diversificação é sim importantíssima. Mas ela precisa estar alinhada com seu estilo de vida e ser muito bem estudada para que seu resultado e proteção sejam realmente efetivos.

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