O momento em que nos encontramos hoje é inédito. Rodeados de dúvidas e incertezas, nós, gestores e líderes, devemos mais do que nunca buscar nos reinventar para atravessar esse período de instabilidade generalizada. Hoje em dia, muitos falam sobre o período pós- coronavírus, tentando prever como o tão comentado “novo normal” será. Entretanto, cheguei à conclusão que hoje temos que nos preparar e viver o presente. Devemos ser especialistas no agora e olhar para o seu negócio pela ótica que ele permite. Olhar para o futuro com a perspectiva que nós conseguimos diante do nosso presente. Além disso, pela instabilidade do momento em que vivemos, as mudanças se tornaram contínuas. Portanto, estratégias a longo prazo são, muitas vezes, inviáveis.
O papel do mercado atualmente é impulsionar o retorno e mostrar que nossos negócios são seguros. Nós, como gestores, também devemos contribuir para essa demonstração de segurança. No entanto, muitas empresas têm medo de incentivar o consumo do cliente como se elas fossem responsáveis pela situação atual. Todavia, é necessário oferecer e estar pronto para receber os clientes, flexibilizando estratégias para que se encaixem nas medidas de segurança. A indústria precisa criar uma campanha de estímulo aos clientes, mostrando a eles que nossos negócios são seguros e aptos a atendê-los para que as engrenagens da economia voltem a funcionar.
Nós, como seres humanos e profissionais, temos o dever de espalhar a esperança tanto para clientes, quanto para colaboradores e amigos em meio a esse pânico gerado pelo coronavírus. Dessa forma, estamos contribuindo para um equilíbrio entre saúde e economia. Não conseguimos mensurar os desdobramentos desse pânico, pois hoje as empresas possuem subsídios do governo. No entanto, e quanto ao futuro? Quando a pandemia for controlada, os negócios terão seus custos reais, portanto, nós precisamos nos preparar para uma retomada, buscando maneiras de minimizar os prejuízos gerados pela crise.
Mantenha sempre em mente que o período atual irá passar, mas tendo consciência das marcas que serão deixadas tanto nos negócios quanto nas pessoas. Precisamos voltar, nos reerguer de forma consciente e segura, demonstrando que nossos negócios são humanos e garantem a segurança dos clientes. O atendimento será, mais do que nunca, uma importante conexão sólida entre cliente e negócio, conexão essa que deve ser construída à base de confiança. A retomada será gradual, mas, neste momento, devemos demonstrar que estamos aptos e preparados para ela.
Rodrigo Alvite
CEO do H Niterói Hotel e presidente do Polo Hoteleiro de Niterói