O levantamento feito pelo CRECISP – Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo – com 768 imobiliárias de 37 cidades paulistas registrou um mês de junho pouco animador para o mercado imobiliário. As vendas de casas e apartamentos residenciais usados apresentaram percentual negativo de -1,49% em relação ao volume constatado em maio. E as locações também caíram 3,08% nesse período.
Mesmo assim, o semestre fechou positivo no acumulado de vendas (+17,35%) e locações (+21,13%)
Os números desses seis primeiros meses de 2023 indicam que, mesmo com 3 ocorrências de quedas na quantidade de imóveis alugados e 2 de resultados negativos no volume de vendas, o mercado imobiliário paulista segue pujante e com boas perspectivas para o ano.
Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, a tendência é de que haja um crescimento, especialmente no segmento de vendas de usados, por conta da sua inclusão no Programa Minha Casa, Minha Vida. “Essa era uma antiga reivindicação dos corretores de imóveis, desde a fase inicial do MCMV. E agora estamos confiantes de que a medida do governo possa estimular um número maior de famílias a adquirirem seus imóveis, em razão dos subsídios concedidos.”
Liderança dos negócios à vista
Mais da metade (51,81%) das transações concluídas em junho foi feita à vista e 45,08% foram realizadas com financiamento da CAIXA e de bancos privados. Esse pode ser um sinal de que os interessados em comprar uma casa ou apartamento ainda não acreditam em taxas de juros mais baixas que possam incentivar a adesão a um crédito imobiliário. Assim, quem tem economias guardadas está destinando essas reservas ao pagamento à vista da casa própria.
A faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 400 mil foi a preferida por compradores de imóveis usados em junho, respondendo por 37,31% do total vendido.
Locações caem em junho
A queda de 3,08% na quantidade de novos contratos de aluguel entre maio e junho reflete o número menor de locações em 3 das quatro regiões em que a Pesquisa CRECISP divide o Estado de SP.
Houve menos locações na Capital (-2,39%); no Interior (-1,31%) e na Grande SP (-7,28%). Somente no Litoral, a quantidade de novos alugueis foi maior no período (+3,39%).
A principal garantia locatícia foi o seguro fiança (37,74%), seguida pelo fiador (28,83%); pelo depósito em poupança de 3 alugueis (17,77%), caução de imóveis (10,31%), contratos sem garantia (3,40%) e cessão fiduciária (1,95%
O percentual de contratos de aluguel cancelados em junho em todo o Estado representa 83,08% do total de novas locações efetivamente firmadas no período. E cerca de 40% desses cancelamentos foram motivados por razões financeiras.
Em termos de valores, os inquilinos buscaram casas e apartamentos cujos alugueis não ultrapassassem R$ 1.500,00.