Da Redação
Mais de 80 pessoas, entre funcionários da rede socioassistencial e organizações da sociedade civil, participaram nesta terça-feira (06) do 1º Seminário Municipal sobre Acolhimento Familiar, no Adamastor Centro. O evento teve como objetivo discutir e divulgar o Serviço de Acolhimento da Criança e do Adolescente na modalidade Família Acolhedora. A abertura do evento foi feita pelo secretário de Desenvolvimento e Assistência Social, Alex Viterale.
Viterale apresentou os avanços obtidos pelo Serviço Família Acolhedora. “O projeto saiu do papel. Iniciamos por meio de execução direta, mas tivemos dificuldade de captar famílias. Por meio de chamamento público, ele hoje é executado de forma indireta pelas organizações da sociedade civil Instituto Forte e Casa Amor ao Próximo, mas monitorado pela Assistência Social e pelo Ministério Público. Atualmente temos oito famílias aptas ao acolhimento. O Família Acolhedora é mil vezes melhor que a institucionalização. Há muito a avançar e estamos no caminho certo”, disse o secretário.
A promotora de Justiça da Infância e da Juventude, Natalie Riskalla Anchite, destacou o esforço empreendido para a implantação do serviço em Guarulhos. “O Ministério Público é um entusiasta do acolhimento familiar e muito esforço foi feito de nossa parte para implantar este serviço. A realidade das nossas crianças vem mudando na cidade e temos muito a avançar. Nos últimos anos a gente vem caminhando para possibilitar condições muito melhores às crianças em situação de risco, que são as mais necessitadas. Tudo o que estiver ao alcance do Ministério Público e da sociedade deve ser feito para garantir condições melhores às crianças”, afirmou a promotora.
Assistente social e especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes, Jane Valente abordou o tema “Desafios e Possibilidades de Acolhimento Familiar”. Autora do livro Família Acolhedora: Relações de Cuidado e de Proteção no Serviço de Acolhimento e consultora da Rede Latino-Americana de Acolhimento Familiar (Relaf), Jane fez um breve histórico do surgimento da Família Acolhedora há 22 anos em Campinas. “É uma política pública em que nós, de Campinas, acreditamos. Sempre olhamos para Guarulhos como uma cidade muito parecida conosco e temos muitas informações a trocar”, disse.
De acordo com a especialista, a sociedade deve olhar o futuro. “Nós adultos temos que cuidar das próximas gerações, antes e depois do nascimento. E por que acolher em Famílias Acolhedoras? Porque estamos convidando os cidadãos a cuidar de suas crianças. É uma ação de cidadania antes de tudo. Acolhemos para prepará-las para o mundo”, disse Jane.
Já o tema “As vantagens do Acolhimento Familiar” foi ministrado pela coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar do Instituto Fazendo História, Lara Naddeo.
Acolhimento Familiar
A artesã Lilian Sobral Belunas, 47 anos, tem dois filhos com idades de 18 e 11 anos. Pela segunda vez ela irá acolher uma criança. “Amanhã deve chegar outra menina. Foi muito importante nossa família acolher. Era um bebê de três meses que ficou conosco por 48 dias até que foi para a família adotiva. O sentimento é de que podíamos fazer mais pelo próximo”, contou Lilian, que soube do Serviço Família Acolhedora pelo Facebook. Ansiosa, ela aguarda a chegada da criança. Desta vez, com um ano e um mês.
Fonte: Prefeitura de Guarulhos