Busca pelo ‘corpo ideal’ pode impactar negativamente na saúde mental da população

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Coordenador do curso de Psicologia da Anhanguera explica como tal pressão resulta em uma baixa autoestima e à insatisfação corporal

A aparência física é frequentemente valorizada e associada à autoestima, confiança e aceitação social, e os padrões de beleza impostos pela sociedade levam a uma série de questões relacionadas à saúde mental. No entanto, a exposição constante de corpos idealizados nas redes sociais cria uma comparação capaz de levar homens e mulheres a uma sensação de inadequação em relação à própria aparência, tudo isso para se enquadrar em um ideal de beleza muitas vezes inatingível.

Segundo o coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professor Thiago do Reis Hoffmann, a pressão para se adequar a esses padrões pode resultar na baixo autoestima, na insatisfação corporal, ansiedade, depressão e até mesmo transtornos alimentares, exclusão social e preconceito. “É primordial que a beleza tenha uma concepção mais despreocupada e inclusiva por parte da sociedade, respeitando a diversidade de cada indivíduo e promovendo um vínculo mais positivo com a aparência de cada um”, comenta o docente.

A objetificação do corpo feminino leva a uma percepção distorcida da autoimagem e uma busca constante pela aprovação da aparência física, com base em uma banalização da individualidade e uma idealização do que é comercializado. O mesmo acontece com os homens, que são constantemente levados a se adequarem a corpos musculosos, rostos simétricos e a altura, que por muito tempo foi sinônimo do “ser bem-sucedido”.

A distorção de imagem faz com que a pessoa tenha uma visão deturpada em relação à sua imagem corporal, mesmo que essa percepção não seja realista ou objetiva. Vale ressaltar que outro fator de risco são os transtornos alimentares, que afetam a relação de uma pessoa com a comida e seu próprio corpo. Existem diferentes tipos de transtornos alimentares, sendo os mais comuns a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar.

É importante reconhecer os sinais precoces de um transtorno alimentar e buscar ajuda profissional o mais cedo possível. Com um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, muitas pessoas podem se recuperar totalmente ou melhorar significativamente sua qualidade de vida. A conscientização e a compreensão da sociedade também desempenham um papel fundamental na prevenção e no apoio às pessoas que sofrem com transtornos alimentares.

Nestes casos, é importante buscar o auxílio de um psicólogo, que irá auxiliar no autoconhecimento e desenvolvimento de uma melhor autoestima, identificando diferentes formas de começar a lidar com aquilo que afeta o amor-próprio, desenvolvendo um senso de autoconfiança e tomando medidas para melhorar o dia a dia do paciente.

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