Com a
crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus, a busca pela
formalização de testamentos em cartórios aumentou 134% entre os meses de abril
e julho em comparação ao mesmo período do ano passado. Em números absolutos, o
Brasil passou de 1.249 testamentos em abril para 2 918 em julho.
Os dados foram levantados pelo Colégio Notarial do Brasil –
Conselho Federal (CNB-CF) e, segundo a entidade, os tabeliães têm observado
aumento na busca por orientações sobre os atos por idosos e profissionais da
saúde, mais expostos ao contágio da covid-19, e até mesmo jovens.
O Estado líder no crescimento de pedidos foi o Amazonas (1
000%), seguido por Ceará (933%), Roraima (400%), Distrito Federal (339%),
Maranhão (300%) e Mato Grosso (300%).
A presidente do CNB-CF, Giselle Oliveira de Barros, observa
que perfis de cidadãos que antes não pensavam em planejamento sucessório
passaram a refletir sobre o assunto com a pandemia de coronavírus. “O
aumento da procura pelo ato demonstra a preocupação das pessoas diante de um
cenário difícil e de muitas incertezas, sendo o testamento a melhor maneira de
assegurar sua vontade, por meio da orientação legal de um notário sobre como
realizar a distribuição de bens de acordo com a legislação vigente”,
analisa.
Desde o final de maio, com a edição do Provimento nº 100, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os testamentos passaram ser realizados
online, por meio da plataforma e-Notariado.
Busca por testamentos aumenta 134% na pandemia, diz levantamento de cartórios
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