A coluna de ontem que focalizou o esforço do partido NOVO em se estruturar aqui em Guarulhos para poder lançar um candidato à prefeito provocou comentários. Alguns deles denunciando uma flagrante ingenuidade. Dou o exemplo de um colega jornalista que escreveu: “Esses caras do NOVO são uns inocentes úteis. É muito difícil atender a agenda deles. A política tá viciada.”
Com mais alguns conceitos, falando principalmente do caráter autoritário do presidente Bolsonaro, o recado termina com um certo tom de desconfiança: “Vamos ver o que vai dar…”
Outro leitor, desconfiado, acredita que “estão jogando”. O que quer o partido, na verdade, é se compor com o candidato teoricamente mais forte para quem sabe, sair numa “dobradinha” com um lugar de vice na chapa.
Como “candidato mais forte” acredito que o missivista se referiu ao prefeito Guti que é candidato natural à reeleição. É o único, até agora, que pode contar com um projeto mais sólido de campanha. Guti está nas ruas e trabalha para ter mais um mandato desde a posse que completa três anos no mês de dezembro.
Outros leitores que me dão a alegria de acompanhar a coluna acham que, de uma forma ou de outra, a semente precisa ser lançada. Acham que, um partido que esteja disposto a disputar cargos com pensamentos nobres com propósitos de servir no lugar de ser servido, pode vingar um dia. Quem sabe?
Em Minas, o partido conseguiu chegar lá com a eleição do governador. Tem 33.892 filiados no Brasil. Em Guarulhos eles não chegam a duzentos. Mas, pra começar, seus seguidores acham que é o suficiente.
Aniversário
No próximo dia sete, sete de setembro, esta Folha completa 48 anos. A diretora de Redação, Rosana Ibanez, me lembra da data. E não resisto: parece que foi ontem.
Este jornal, em sua primeira edição impressa nas rotativas da Folha de São Paulo, circulou naquele dia entre as pessoas que presenciavam o desfile militar e estudantil em homenagem ao Dia da Pátria. O cortejo começava na rua D. Pedro e seguia até a Praça Getúlio Vargas. Um belo feriado, cheio de sol e céu muito azul.
Com o nome de “Guaru-News” tinha a capa parecida com a do Jornal da Tarde com grandes espaços e fotos enormes. Dava notícias de Guarulhos como nenhum outro órgão de imprensa fizera antes. Nada parecido com os semanários que circulavam na cidade feitos com o chumbo das linotipos e impressos nas máquinas planas. Pesadas e complicadas.
Hoje, como Folha Metropolitana, o Guaru-News continua aqui. Para orgulho de todos nós.