Houve nervosismo no mercado financeiro e também nas redações. A notícia que pipocou na manhã da quinta-feira era inesperada. Fábio Wajngarten, secretário de Comunicações da Presidência, estava com o novo coronavírus. Alarme geral.
Um dos jornais do dia trazia em manchete a informação de que, possivelmente, já seremos em quinze dias 4.000 infectados. Complicado, hein? Agora virou “pandemia” com o Mundo cada vez mais assustado. De norte a sul, ontem, só se falou em coronavírus, ou, mais propriamente, no covid-19.
O vírus em Brasília
A informação de que o assessor do presidente estava contaminado imediatamente alertou todos, de Brasília à Washington. Wajngarten se sentiu mal na quarta-feira, teve febre e dor de cabeça e se assustou. Lembrou-se de Tancredo Neves e da história de que o melhor hospital da capital é o aeroporto. Rumou para São Paulo.
A confirmação foi dada pelo hospital Albert Einstein. No primeiro teste e no segundo.
A Casa Branca quis saber detalhes da informação divulgada pelas agências, pedindo confirmação de Brasília. Recebeu a resposta em minutos: o assessor de Bolsonaro estava contaminado.
Razões para a preocupação no governo dos Estados Unidos havia de sobra. O secretário da Secom estivera com Donald Trump em Miami junto com Jair Bolsonaro num jantar e posara para uma foto praticamente encostado no presidente americano. Motivo suficiente, não é?
Diante disso, tanto Trump quanto o presidente brasileiro passaram à condição de “possíveis infectados”.
Como era de se esperar, no meio da tarde veio a informação de que Bolsonaro também havia se submetido ao exame pra saber se tinha o coronavírus. O resultado vai demorar e, segundo se informou, só sai no dia seguinte. Ou seja, hoje. Diante disso, vou ficar devendo.
Termino em dúvida. Bolsonaro estará ou não infectado pelo coronavírus? E Trump? Havia mais gente na comitiva que esteve nos Estados Unidos, inclusive ministros. Estão todos sob observação médica.
O leitor, nesta sexta-feira 13, terá a informação já anunciada com a costumeira competência de nossos telejornais. O rádio e a TV sempre estão na nossa frente. A internet também, é claro. A notícia ao vivo, em cima da hora.
O vírus em Guarulhos
Agora quero explicar: falei de presidente e Coronavírus porque é o assunto do qual a gente não pode escapar num dia como o desta quinta-feira. Reservara mais um comentário sobre as brigas da campanha eleitoral de Guarulhos nas redes sociais. Agora é sobre a dança dos vereadores. O vírus da traição está se espalhando. Mas vai ficar para outra vez. Só adianto uma coisa: essa história está pegando mal.