Coluna Livre com Hermano Henning

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A inauguração de um período legislativo, que no Brasil se repete de dois em dois anos, em qualquer parlamento do mundo é motivo de festa. Os representantes votados começam seus trabalhos. Acontece numa pequena Câmara de Vereadores do interior ou num parlamento como o de Londres, por exemplo. No parlamento britânico a abertura dos trabalhos é saudada pela rainha, a Chefe de Estado, com a mensagem anual aos políticos e cidadãos do Reino Unido. No Capitólio, em Washington, o discurso à Nação do presidente é acompanhado pela maioria dos americanos. O de quarta passada, de Donald Trump, foi transmitido ao vivo por todas as redes de televisão.

Trazendo para nosso ambiente doméstico, foi super saudável a decisão do prefeito Guti em ocupar a tribuna da Câmara de Vereadores. Era a sessão inaugural do biênio com a nova mesa diretora. O discurso serve para mostrar as intenções do prefeito, planos, objetivos e mostrar um balanço da administração. Foi o que Guti pretendeu fazer na sua visita à Câmara na terça-feira, cinco de fevereiro.

Ambiente hostil

O triste desta história é de que ele, o prefeito, teve de escolher um momento quase no final da sessão para ser recebido na Câmara. Uma claque de militantes o esperava com objetivo de não deixá-lo falar. E permaneceu nas galerias durante um longo tempo até imaginar que ele havia desistido da visita.

Na Câmara já houve casos de invasão do plenário, objetos lançados nos vereadores, brigas na galeria, exigindo força de segurança para conter os ânimos.

Serão petistas inconformados? Ou simplesmente moradores da periferia que querem ser ouvidos? Tem de tudo um pouco no meio desse pessoal, alguns até argumentam que faz parte… É a democracia… Pode ser tudo isso, mas acho que está na hora da gente mudar esse velho costume. Com a palavra os vereadores que incentivam esse tipo de comportamento.

Espera que tem mais…

A sentença que condenou o ex-presidente Lula a doze anos e um mês de prisão conhecida na quarta-feira veio antes que se esperava. Acreditava-se que a juíza substituta Gabriela Hardt, responsável pelos processos da Lava Jato, declinasse da tarefa em favor do juiz que assume o posto em definitivo no próximo mês de abril. Não foi assim e pelo andar da carruagem ela agora se mostra disposta a fazer conhecer mais uma sentença , desta vez no processo da nova sede do Instituto Lula. A acusação é também a de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão é esperada para as próximas semanas…

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