O vereador Maurício Brinquinho, do PT de Guarulhos e presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte de Passageiros, que congrega motoristas e cobradores das empresas de ônibus que operam na cidade e no município vizinho de Arujá, está aliviado. Terminou bem o movimento que objetivou correção nos salários da categoria sem necessidade de se chegar às vias de fato, leia-se, greve. E no setor onde, como sempre, a população é que se dá mal.
De saldo, só restou uma multa de cem mil reais ao sindicato, provocada por uma assembleia que paralisou o serviço na semana passada, trazendo prejuízo para a população no final da tarde, horário de pico. É muito dinheiro, nesta época de grana curta, mas, ele, Brinquinho, diz que já entrou com recurso.
PT já tem candidato
Saindo do sindicato, entrando na política, o petista não diz, mas dá a entender que a agremiação já tem um rumo para a eleição do ano que vem. Perguntado sobre os planos do partido, podia simplesmente dizer que é muito cedo, resposta padrão de todo político que comparece ao programa Espalha Fatos, da TV Guarulhos.
Nesta segunda-feira, numa agradável conversa transmitida ao vivo, o vereador foi sucinto: “não posso dizer”, quando falou sobre a escolha dos petistas para enfrentar o prefeito Guti. Guti, até agora, a rigor, é o único candidato declarado ao pleito de 2020. Candidato à candidato, diga-se.
Fiquei curioso pra saber o porquê do Brinquinho, do nome. E ele responde, bem-humorado: “Era do tempo do início, no sindicato. Eu usava um brinco em uma das orelhas, no tempo em que isso era raro nos homens. O apelido ficou…”.
Não dá pra saber se Maurício Brinquinho está com o ex-prefeito Elói Pietá ou com Alencar Santana, deputado federal. Um dos dois, sem dúvida, será o candidato a prefeito lançado pelo PT.
Moro no Supremo?
O anúncio de Bolsonaro, dizendo que o ex-juiz da Lava Jato já está escolhido para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal ocupando a primeira vaga a ser aberta na corte, ano que vem (só acontece em novembro a aposentadoria do ministro Celso de Mello) veio muito cedo. Ninguém duvida que isso era algo explícito desde a decisão do então juiz Sergio Moro de aceitar o cargo de ministro da Justiça. Mas pegou mal porque reforçou a impressão de que aconteceu um troca-troca nessa história. Será que Bolsonaro queria isso? Trazer esse assunto agora?
Moro cada vez mais se torna a bola da vez no Congresso. Coleciona inimigos, como eu já disse aqui. Só que, nas ruas, é o preferido do povão.