O nome completo do Secretário de Direitos Humanos do Município de Guarulhos é Abdul Raman Lameh Smeili. É filho de pai libanês e mãe americana, também filha de libaneses. Mais conhecido como Lameh, foi eleito para o seu terceiro mandato de vereador nas eleições passadas pelo MDB. Deu, em seguida, o lugar para o suplente Jorginho Tadeu, filho do conhecido Jorge Tadeu, para poder ser nomeado no primeiro escalão de assessores do prefeito Guti.
Com origem no Partido Verde, Lameh chegou a servir também uma das administrações petistas que exerceram o poder na cidade por 16 anos.
Apesar de se dedicar a um programa intitulado Plano Municipal de Direitos Humanos de Guarulhos que ocupa uma detalhada brochura com metas para serem atingidas até o final da administração e que pode também ser acessada pelo site da Prefeitura, Lameh tem trabalhado num projeto que visa dar ao seu partido lugar de destaque no pleito municipal do ano que vem. Ele é presidente do Diretório Municipal do MDB.
O que quer o MDB de Guarulhos?
É outra agremiação local que não esconde o desejo de ter candidatos próprios nas próximas eleições. Isso, no caso de postulantes à Câmara Municipal. Candidato próprio à Prefeito, vai depender de um processo de “ouvir as lideranças do partido”, diz o secretário. Ele faz elogios fartos ao prefeito destacando “a excepcional disposição de Guti para o trabalho”.
– Ele amanhece na rua. Não tem preguiça. Faz questão de estar em todos os lugares, ouvindo o povo.
Estarão juntos, prefeito e MDB nas eleições do ano que vem?
“É certo que sim”, responde Lameh Smeili, fazendo questão de destacar que responde como dirigente partidário.
O vereador licenciado e secretário dos Direitos Humanos vai mais longe.
Abre as portas do partido para, se Guti quiser, lançar-se candidato à reeleição pelo MDB. O prefeito atualmente é filiado ao PSB e é voz corrente que dificilmente se manterá ali por diversas razões, a começar pela postura ideológica, cada vez mais à esquerda, manifestada pelo líder da agremiação em São Paulo, o ex-governador Márcio França.
Guti reza pela cartilha liberal, mostra-se um político de centro. E não concorda com posições de França a começar pelas críticas à reforma da Previdência, por exemplo. Guti é a favor, e a favor também da inclusão dos serviços de previdência dos estados e municípios no projeto de reforma a ser votado no Congresso.
O MDB, por isso, pode representar o caminho natural para disputar a reeleição.