Já disse aqui que não consegui substituir a leitura diária dos jornais impressos pelo que sai nas telas do computador e dos celulares. Numa redação composta por mais de vinte jornalistas na Rede Brasil de TV, onde trabalho atualmente, somos dois que não dispensam esses jornais. Eu e o velho companheiro e amigo Nei Gonçalves Dias. Os demais não têm o menor interesse. E imagino que, todos eles, nos considerem os dinossauros do lugar. E com uma certa razão. Nei já beira os oitenta anos. E eu já passei dos setenta.
Há um bom tempo, essa nova geração vem dispensando as palavras impressas no papel. Prefere seus celulares acompanhando os aplicativos que mostram nas telas as notícias pingadas durante o dia. Mas não posso, mais do que isso – não consigo, admitir que jornal impresso já era. Afinal, venho mantendo essa coluna diária aqui na Folha já há alguns meses, o que me proporciona imenso prazer. E, quero acreditar, sempre tem alguém que gosta de acompanhar o que vai escrito aqui.
Gosto de falar das coisas de minha cidade, mesmo que, vez por outra, me arrisque a divagar sobre assuntos vindos um pouco mais de longe. E continuo achando que a palavra impressa no papel tem significado mais forte. E a palavra-chave é credibilidade. Nesse particular tenho quase certeza de que muita gente está comigo. Nos jornais impressos mente-se menos que nas mídias digitais. Certo?
As bancas e a “Casa de Papel”
Guarulhos, há alguns anos, chegou, pelo menos em suas ruas centrais, a ter uma banca de jornais a cada esquina. Se não em cada esquina, pelo menos em distâncias possíveis de se chegar caminhando e comprar um jornal ou revista. Elas ficaram raras.
Hoje as bancas podem ser contadas nos dedos da mão. Na Praça Getúlio Vargas há uma. Outra na João Gonçalves, ao lado da Câmara de Vereadores. E mais não há. A que existia na Timóteo Penteado, junto aos estúdios da TV Guarulhos, não mais existe. Em toda Vila Galvão, ouvi que há uma banca próxima ao Lago dos Patos. Vou checar.
Pra quem se liga ainda na leitura de jornais e revistas, os periódicos que circulam neste final de semana trarão reportagens sobre a série da Netflix agora na terceira temporada: “La Casa de Papel”.
O assunto estava lá, na Folha de S. Paulo de ontem, entre os artigos batendo na Lava Jato e no Juiz Sérgio Moro. A série espanhola fez sucesso nas duas temporadas e volta com tudo. Imagino que, nos novos episódios, os bons bandidos continuem ricos e bem-sucedidos. Continuarei torcendo por eles.