O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, já tem um pré-candidato a prefeito nas eleições de Guarulhos no ano que vem. Ou melhor, uma pré-candidata. É Adriana Afonso, ex-vereadora, mulher de Mário Rifai que foi superintendente do SAAE na administração do prefeito Néfi Tales.
Adriana, nomeada presidente do PSL em Guarulhos, postou nas redes sociais uma foto onde aparece ao lado do irmão de Jair Bolsonaro, Renato, com um discurso bem apropriado para alguém que pretende se lançar na disputa para o cargo de prefeita. Transcrevo um pedaço:
“Ao longo da vida, construímos a nossa história. Eu escolhi a política para atuar por ela … sempre de cabeça erguida e orgulhosa de minhas escolhas!!!”
Adiante, acrescenta: “Mais um desafio está por vir, aceito orgulhosa e com o peito cheio de coragem”.
Aparecer ao lado do irmão do presidente não diz muita coisa, mas, aparentemente, Adriana tem a simpatia de algumas lideranças importantes do partido.
Numa conversa que tive com o senador Major Olímpio, do PSL, o nome dela foi citado com muita simpatia.
Até então falava-se num apoio à candidatura de Fran Correa, mas foi logo descartado, talvez em função da aproximação de Fran com o governador João Doria e a filiação ao PSDB. Fran foi inclusive indicada à presidência do diretório tucano de Guarulhos pelo próprio Doria, padrinho dela.
O governador, eleito na carona do discurso de Bolsonaro, é agora contestador e crítico do presidente. Muito próprio dele. Mas essa é outra história.
O que nos interessa é a situação de Guarulhos, embora outro assunto em nível nacional tenha reflexos importantes aqui.
Falo da ruptura provocada pelas lideranças tucanas ao insistirem em não expulsar Aécio Neves, envolvido com denúncias de corrupção. Expulsão defendida abertamente por João Doria. Esse detalhe, somado à recepção de Alexandre Frota no partido festejada pelo governador, forçou o racha.
De um lado, o “novo” PSDB de Doria. Do outro, o partido “identificado com as práticas deploráveis de uma velha política”, segundo o governador.
O que pode vir pela frente não se sabe. Mas é possível que Doria deixe os tucanos como já se especulou. E, neste caso, não se surpreendam se ele adotar o Democratas, DEM, para a pretendida jornada para leva-lo à presidência. A ligação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, forte no partido, está bem clara.
Assim, não descarto especular: Fran vai segui-lo. Volta ao DEM como forte candidata com apoio total da agremiação presidida pelo marido, o deputado Eli Correa.