Samuel Rocha, o “Samuca”, começou a competir há seis meses e já frequenta o pódio
Era fim de 2019 quando, aos seis anos, o pequeno Samuel Rocha começou a brincar com um skate na pista de um clube. Uma pandemia e muito treino depois, o jovem guarulhense passou a participar de campeonatos e a ter excelentes colocações. Mas, para seguir sonhando com torneios nacionais, precisa enfrentar outros adversários: a falta de estrutura e de apoio.
Quem acompanha o atleta em seus treinos e campeonatos é o pai, o empresário Sergio Santos. “Ele teve aulas clube do Corinthians até março, quando o projeto foi descontinuado. Como ele já estava inscrito no seu primeiro campeonato de grande porte, a 1ª Etapa do Circuito Paulista de Street Skate 22, em Suzano, nós seguimos em frente. E foi uma surpresa quando o Samuca ficou em quarto lugar”, relembra Sérgio. Em agosto, teve a 2ª etapa e ele conquistou a terceira colocação. Com esses resultados ficou muito perto da vaga do Campeonato Brasileiro, que vai acontecer em Cascavel (PR).
Com o talento despontando e a vontade de seguir no esporte, os pais contataram o skatista Fabio Castilho, que agora é coach dos treinamentos do menino. “Samuca conhece todas as manobras, sabe quem é quem no mundo do skate, acompanha de perto tudo que acontece. Mas como eu não sou do meio, chamamos o Castilho para ajudar nessa evolução”, conta o pai do atleta.
As principais referências de Samuel no esporte são Nyjah Huston, Shane O’Neill, Felipe Gustavo, Filipe Motta, Abner Pietro, Mateus Mendes, Rayssa Leal e Pamela Rosa. Mesmo com muitas referências, pensar no futuro no esporte é um desafio para a família de Samuel. “Apesar de o skate ser um esporte olímpico, temos pouco apoio. Tentamos conversar com a Secretaria de Esporte de Guarulhos, mas não tivemos sucesso. O skate é um esporte caro, que requer equipamentos novos de tempos em tempos”, explica Sérgio.
O próximo objetivo de Samuel é participar do Campeonato Brasileiro de Skate. No longo prazo, as metas são maiores. “O sonho dele é viajar pelo Brasil e pelo mundo para conhecer novas pistas e participar de grandes campeonatos internacionais e, quem sabe, de uma Olimpíada”, completa o pai, confiante.