Desmame precoce atrapalha desenvolvimento facial das crianças

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Encolhimento da face pode levar a distúrbios respiratórios do sono e apneia obstrutiva

Todo mundo tem consciência dos benefícios que a amamentação oferece ao bebê do ponto de vista nutricional e proteção imunológica. Por isso, o incentivo para que as mamães amamentem seus filhos o máximo de tempo possível. No entanto, poucas pessoas sabem dos prejuízos que o bebê que larga o peito precocemente pode sofrer, mas que vão para além dessas questões.

De acordo com a Dra. Vivian Farfel, especialista em odontopediatria, ortopedia e ortodontia, a amamentação no peito é uma atividade importante para o desenvolvimento facial das crianças. “Esta musculação, que é 60 vezes maior se comparada ao uso da mamadeira, ajuda a expandir o tamanho do palato, a abrir as vias aéreas, a posicionar a maxila e mandíbula de forma correta, entre outros fatores essenciais para a saúde geral da criança”, afirma a doutora.

Ela explica que o desmame precoce pode provocar um encolhimento da face, que leva ao estreitamento dos maxilares e, consequentemente, ao apinhamento dos dentes, que não deve ser encarado apenas como questão estética. “Entretanto, com o desmame precoce é comum também notarmos distúrbios respiratórios do sono e apneia obstrutiva, entre outros prejuízos à saúde”, relata a especialista, que defende as técnicas da ortodontia integrativa como forma de tratamento.

Na maioria das vezes, a dificuldade da mamãe em amamentar a criança está na incapacidade do bebê em sugar o leite, que pode ser devido a um frênulo (conhecido popularmente como freio) de língua ou lábio, que são pregas de tecido fibroso que impedem a elevação da língua ou o correto fechamento dos lábios. Por meio da ortodontia integrativa é possível fazer uma avaliação a respeito e, caso seja detectada alguma anormalidade, reverter esse quadro. 

Faz-se um pequeno corte no freio promovendo a liberaração (frenotomia) ou remove-se o freio (frenectomia). “Trata-se de um problema que é diagnosticado incorretamente ou simplesmente negligenciado por muitos profissionais de saúde e, naturalmente, muitas mamães não têm nenhum conhecimento sobre isso”, conclui a dra. Vivian.

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