Às vésperas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Centro Universitário ENIAC – instituição referência em inovação e tecnologia do ensino básico ao superior – promove ações que visam a capacitação de professores e atletas que atuam no paradesporto brasileiro.
Além de sediar treinamentos promovidos pelo Programa de Desenvolvimento Paralímpico do Estado de São Paulo (PARADENS), o ENIAC também possui uma parceria com a Associação de Deficientes Visuais de Guarulhos (Adevig), pela qual ministra aulas de informática e oficinas de teatro a atletas, com deficiência visual, que jogam goalball (saiba mais sobre a modalidade abaixo).
De acordo com o professor Paulo Procópio, coordenador de ações sociais do ENIAC, receber estes esportistas representa muito para a instituição. Além disso, ele ressaltou que o campus da instituição, localizado no centro de Guarulhos, é completamente acessível.
“Todo o espaço foi projetado para atender pessoas com deficiência visual. Temos piso tátil, elevadores com botões em brailes, além de salas e laboratórios também com identificação em braile”, explicou.
A inclusão digital e as oficinas de teatro promovidas aos atletas de goalball, da Adevig, são ações realizadas pelo ENIAC Innovation, braço social do Centro Universitário ENIAC, que atende pessoas com deficiências, idosos e realiza programas sociais para auxiliar famílias necessitadas de Guarulhos e região, reforçando um dos pilares da gestão ESG da instituição.
Mantenedor do ENIAC, Ruy Guérios afirmou que, ao abrir as salas de aula e os laboratórios aos esportistas da Adevig, a instituição cumpre um papel importante na sociedade. “Nas quadras, o time de goalball da Adevig já possui resultados muito expressivos. Eles ficaram em quarto lugar na Série B dos Jogos Paulista da modalidade, em 2018, e na terceira posição, em 2019. No entanto, a capacitação que oferecemos no ENIAC é fundamental para a formação deles, também, como cidadãos”, disse o professor.
O que é goalball?
Criado em 1946, após o fim da II Guerra Mundial, o goalball é uma modalidade esportiva feita exclusivamente para pessoas com deficiência visual. Durante as partidas, todos os atletas (são três em cada time) precisam usar vendas e são guiados por sons emitidos pelo guizo que há dentro da bola. O objetivo do jogo é marcar gols, com as mãos, na meta adversária.
Teve início na Alemanha, com os professores Hanz Lorenzen e Sepp Reindle, e surgiu como forma de ressocializar ex-combatentes que perderam a visão – ou parte dela – durante a guerra.
O Brasil possui tradição na modalidade: a seleção masculina é bicampeã mundial (2014 e 2018), medalha de prata nos Jogos de Londres (2012) e medalha de bronze nos Jogos do Rio (2016). Já a feminina levou o ouro no Parapan de Toronto (2015) e Lima (2019), além de ter sido bronze no último Mundial (2018).