Especialista faz alerta para a baixa cobertura vacinal de influenza em SP 

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A adesão a imunização em SP preocupa; número de óbitos por gripe aumentou 78% nos últimos dois anos

A duas semanas e meia do final da campanha nacional de vacinação contra a influenza, o número de pessoas vacinadas preocupa autoridades e especialistas. A cobertura vacinal no Estado de São Paulo está em torno de 30% e na capital não é diferente: 26%. A campanha nacional, que começou em 10 de abril, vacinou apenas 21 milhões de brasileiros, cerca de 30% do grupo prioritário, bem distante da meta de 90% do Ministério da Saúde. 

O diretor médico do dr. consulta, Tin Hung Ho, que é médico sanitarista faz um alerta importante: “A influência é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. Tem a tendência de se disseminar rapidamente provocando epidemias sazonais e podendo até provocar pandemias”. Como ocorrido há 15 anos, quando vivenciamos a pandemia da gripe pelo vírus influenza A (H1N1), controlada a partir da imunização, mas que pode deflagrar uma nova onda de infecções com a baixa imunização.

Conscientização para reduzir complicações e mortes
O médico esclarece que a vacina da Influenza tem uma capacidade de gerar proteção através dos anticorpos, de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Ele destaca a importância da adesão da população para melhorar os níveis de proteção. “A conscientização da população sobre a vacinação é fundamental, já que há risco aumentado de complicações associadas à gripe. A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, o que aumenta a responsabilidade do indivíduo em buscar a proteção e o contato acontece através de gotículas respiratórias produzidas pela tosse, espirros ou conversas com uma pessoa infectada”, explica o médico sanitarista.

A gripe pode levar a consequências graves, principalmente na população acima de 60 anos, pois o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência, uma alteração imunológica observada no envelhecimento. Além de evitar complicações da doença, a vacina da Influenza reduz a circulação do vírus, que tem alta capacidade de mutação, criando outros subtipos, assim como acontece com a Covid-19.

Os casos mais graves, evoluem para um quadro de dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização. “Reforço que a imunização é o único caminho para reduzir as complicações, internações e mortes”, finaliza o diretor médico do dr. consulta, Tin Hung Ho. Até o fim de abril cerca de 253 mortes foram confirmadas em razão da doença, segundo dados do Ministério da Saúde.

Quadrivalente
A vacinação contra a influenza inicialmente estava disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para os grupos prioritários. Recentemente, devido à baixa adesão, foi disponibilizada para todos os grupos e faixas etárias, a partir de 06 meses de idade. Na rede pública a vacina é composta por três sorotipos diferentes da Influenza, e na rede particular de saúde a imunização ofertada é a quadrivalente, que confere uma proteção ainda maior, por ter uma composição mais completa com duas cepas de vírus A (H1N1 do subtipo Sidney e H2N3 do subtipo Darwin) e duas cepas de vírus B (do subtipo Phuket e do subtipo Áustria).

A vacina tetra/quadrivalente é fornecida no dr. consulta nas unidades do TAT3, GUARULHOS, TAB e domiciliar. O valor é de R$ 99 para aplicação no centro médico e R$ 130 na residência.

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