Por Rômulo Magalhães
Uma gestante de 24 anos morreu de febre amarela, segundo informações da família. Renata Aparecida de Jesus morava no bairro Água Azul e faleceu no dia 21 de fevereiro, no Hospital das Clínicas. Questionada, a secretaria de Saúde informou que se trata de um óbito ainda em investigação, tendo em vista que os exames ainda estão em análise. O atestado de óbito será entregue na próxima sexta-feira, 2 de março.
De acordo com a prima, Suzana Fernandes Arredola, que cuidou da gestante durante todo o período que ela ficou doente, Renata estava com 27 semanas de gravidez e todos os sintomas do laudo médico apontam o diagnóstico de febre amarela. Além de febre alta, ela teve calafrios, dores de cabeça e no corpo e sangramento na gengiva.
Suzana afirmou que Renata começou a passar mal na madrugada da Quarta-Feira de Cinzas. Ficou de cama na quinta e sexta-feira. No sábado, 18, foi levada ao Hospital-Maternidade Jesus, José e Maria e fez uma bateria de exames. “Ela estava com anemia, baixa imunidade, glóbulos-brancos baixo e infecção na urina”, disse.
No dia 20 de fevereiro foi para o Hospital Pimentas-Bonsucesso, realizou alguns exames. “Neste dia a médica deu o parecer de que ela e o bebê tinha poucas chances de sobrevivência”. Então ela foi transferida para o Hospital das Clínicas em estado grave.
No dia seguinte, ela faleceu. Renata era solteira e deixou um filho de 5 anos.
Imunização de gestante deve ser avaliada com obstetra, diz Febrasgo
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) informa que apesar de não ser indicada para gestantes, a imunização é uma escolha que deve ser avaliada junto com o médico obstetra, principalmente as gestantes que moram em regiões mais afetadas.
Entre as medidas preventivas, a Febrasgo indica evitar viajar para áreas endêmicas; as mulheres que desejam engravidar devem se vacinar e aguardar o período de 30 dias para tentar uma possível gravidez; repelentes e roupas que cubram as áreas exposta às picadas do mosquito; telas de proteção nas janelas para evitar o acesso dos mosquitos.
Quase 20 óbitos foram confirmados em Guarulhos
A última atualização da Secretaria de Saúde aponta que 18 pessoas morreram de febre amarela em Guarulhos.
Ontem, mais uma pessoa foi a óbito, com diagnóstico de febre amarela, segundo familiares. Morador do Taboão, William Silva Oliveira chegou a receber transplante de fígado no dia 23 de fevereiro, mas devido a complicações da doença, não resistiu e faleceu.
Esse caso não foi contabilizado pela prefeitura ainda.
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