Guarulhenses formam filas em busca de emprego

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Por Rômulo Magalhães

Não foram só a volta às aulas que movimentaram a cidade nesta primeira semana de fevereiro. Duas agências de emprego localizadas nas proximidades da avenida João Gonçalves amanheceram com enormes filas de pessoas a procura de emprego na manhã de ontem.

Um dos concorrentes as vagas disponíveis de uma das agências era o jovem Gustavo Vinícius Alves, de 22 anos. Ele está desempregado há um ano e busca serviço na área de cozinha. “Meu último registro foi como auxiliar de operações, mas qualquer área que aparecer está bom demais. Eu preciso é pagar as minhas contas”, comentou.

Já o experiente Fábio da Silva, que tem 28 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) estava há procura de vagas nas áreas de fundição ou reposição. Ele está desempregado há seis meses. “Essa fila é de se assustar. Nunca passei por isso. Sempre saia de um emprego e já ia para outro. Estou preocupado”, lamentou.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que no ano passado Guarulhos perdeu 2.269 postos de trabalho, com 103.806 demissões e 101.537 admissões.

No mês de dezembro, o saldo também é negativo, com 2.042 postos de trabalho a menos. Houve 6.248 admissões, mas 8.290 demissões. Apesar do saldo negativo, em comparação com dezembro de 2016, houve aumento de 33%.

Indústria de transformação e serviço são as áreas que mais demitem

As áreas de indústria de transformação e serviços são responsáveis por 1.409 demissões do saldo negativo de 2.042 postos de trabalho perdidos. Indústria de transformação segue em primeiro com 711 demissões, seguido por serviço, com 698. O setor de comércio aprece em terceiro lugar, com 474 demissões.

Foto: Rômulo Magalhães

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