Da Redação
Entre os anos de 2013 e 2016, durante a gestão do ex-prefeito Sebastião Almeida (PDT), Guarulhos caiu 20 posições no Ranking do Saneamento elaborado pelo Instituto Trata Brasil. Na relação, que contempla as 100 maiores cidades do Brasil, o município despencou da 33ª posição para o 53º lugar.
Os dados referentes ao ano de 2016 foram divulgados na semana passada pelo Trata Brasil que apontou Guarulhos como um município com maior deficiência no quesito tratamento de esgoto, com apenas 2,12% dos dejetos devidamente tratados.
Durante os oito anos em que governou a cidade, Almeida chegou a entregar três Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s Bonsucesso, São João e Várzea do Palácio) com a promessa de que juntas elas seriam responsáveis pelo tratamento de 50% do esgoto gerado no município.
No entanto, as obras foram entregues sem os coletores-tronco, que impede que os desejos produzidos sejam encaminhados às ETE’s. Dessa forma, a maioria dos resíduos é despejada em rios e córregos.
“Uma preocupação que temos apontado há alguns anos é que as melhores cidades seguem avançando e nelas acontece a concentração dos maiores investimentos. O natural seria que as piores cidades estivessem investindo mais, então esse fenômeno separa ainda mais o Brasil em poucas cidades caminhando para a universalização e muitas paralisadas. Preocupa também a queda nos investimentos públicos para saneamento básico, à medida que Governo Federal, estados e municípios sofrem com problemas fiscais”, afirmou Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil.
Estudo – O estudo tem como objetivo atualizar o Ranking do Saneamento Básico nas 100 Maiores Cidades do país, publicado desde 2009 pelo Instituto Trata Brasil e cuja metodologia atual foi desenvolvida pela GO Associados. Os dados são dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS – ano base 2016. Foram analisados indicadores como os índices de população atendida com água tratada e coleta de esgotos, a quantidade de esgotos tratados, as perdas de água, os investimentos feitos nos serviços, entre outros.
Foto: Willian Benicio