Guarulhos participa da V Conferência Nacional de Saúde Mental

Foto: Divulgação
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Desde segunda-feira (11) uma delegação de Guarulhos está em Brasília para participar da V Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), que se encerrou nesta quinta-feira (14). O evento, que teve como tema “A política de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”, homenageou Domingos Sávio, médico, neurologista e sanitarista que foi um dos protagonistas do processo de reforma psiquiátrica no país.

Um dos eixos principais da CNSM visa a discutir a atual política de saúde mental, ameaçada por medidas como o incentivo à internação psiquiátrica e à separação da política sobre álcool e outras drogas, que passou a ter ênfase no financiamento de comunidades terapêuticas, e que impactam a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e colocam em risco conquistas históricas respaldadas por quatro conferências nacionais de saúde mental, pela lei 10.216/2001 e pela Lei Brasileira de Inclusão, amplamente reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os representantes de Guarulhos contribuíram ativamente para as discussões e deliberações da conferência, que irão embasar os avanços e desafios que devem permear as políticas de saúde mental do Brasil nos próximos anos. A equipe da cidade foi composta por cinco delegados, sendo três trabalhadores da saúde e dois representantes de movimentos sociais de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), eleitos na etapa estadual do evento.

Denise Antunes, que por muito tempo foi gerente do Projeto Tear, serviço da RAPS, e que esteve na V conferência como trabalhadora da saúde, informou que o projeto esteve presente para expor produtos artesanais desenvolvidos em suas nove oficinas de geração de renda e destacou a importância de sua participação. “Além da divulgação do serviço e do município, a exposição reforçou o potencial dos usuários dos serviços de saúde mental para a inserção no mercado de trabalho, uma das principais barreiras enfrentadas pela população atendida”.

Simone Queli Lima, coordenadora da RAPS, explicou que, ao término da conferência a comissão de relatoria deve elaborar um documento contendo propostas e estratégias para efetivar e consolidar um modelo de atenção em saúde mental que seja humano, de qualidade e com participação e controle social. Sobretudo, o conteúdo do relatório terá como objetivo transformar as formas de lidar com a experiência da loucura e da invalidação, além de fomentar novas possibilidades de vida e de relações sociais.

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