Hérnia de disco tem cura?

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A condição afeta oito em cada dez pessoas, mas ainda esbarra em muitos diagnósticos equivocados.

A hérnia de disco é uma condição médica comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando desconforto, dor e impacta significativamente a qualidade de vida. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) oito em cada dez pessoas no mundo todo sofrem com essa condição. Para o fisioterapeuta e Diretor Clínico do ITC Vertebral, unidade de Guarulhos “O fato é, muita gente afirma ter, mas não tem. E isso é ótimo! Sofrer com a hérnia de disco não é tão fácil quanto parece e requer tratamento e dedicação para uma boa recuperação. A melhor forma de se livrar dessa desconfiança é procurar profissionais que avaliem de forma correta e tomem as providências necessárias” – resume.

Ainda segundo o especialista é importante salientar que existe tratamento e que apesar de ocasionar limitação funcional (por um período), isso não é o fim do mundo, pois a hérnia de disco não é uma patologia grave, mas sim, uma condição, pontua. Bernardo alerta também que nem todas as hérnias de disco causam dor. “Existem sim aquelas que são assintomáticas e que podem ser descobertas quando o paciente faz um exame de imagem, por exemplo. Mas o excesso de diagnósticos e a má interpretação de exames laboratoriais, pode gerar um diagnóstico errôneo e por isso é importante o acompanhamento de um profissional de saúde.

Mas, se diagnosticada, a pergunta que fica é: uma hérnia de disco pode melhorar sozinha ou se tornar assintomática? Antes de responder essa questão Bernardo destaca que a questão principal não é se ela vai sarar ou não, mas sim, na importância do tratamento e reabilitação para reduzir os sintomas agudos e prevenir problemas futuros.

As opções de tratamento podem variar dependendo da gravidade dos sintomas e da localização da hérnia de disco. “Embora a hérnia de disco possa ocorrer em qualquer parte da coluna, ela é mais comum na parte inferior da lombar, logo acima do quadril. A dor pode se espalhar das costas para as nádegas, coxas e até mesmo para as panturrilhas. Na coluna cervical as dores geralmente acometem os braços e as mãos. Até mesmo tossir, espirrar e sentar pode piorar os sintomas, porque pressionam os nervos comprimidos” – explica o especialista.

Além disso, em alguns casos elas podem diminuir de tamanho. “Essa pode ser uma resposta imunológica do próprio organismo onde o corpo pode reconhecer a parte do disco que herniou como um material estranho e atacá-la, reduzindo o tamanho do fragmento e removendo as proteínas inflamatórias” – pontua. Outro motivo que pode reduzir os sintomas e a dor causada por uma hérnia é a absorção de água. “O fragmento herniado do disco contém água. Com o tempo, essa água será absorvida pelo corpo, fazendo com que a hérnia diminua de tamanho, essa reabsorção faz parte da história natural da lesão do disco” – comenta Bernardo Sampaio.

O problema é o tempo que se leva para que isso aconteça, pois pode variar de pessoa para pessoa. “Qualquer um dos fatores que mencionei podem ajudar a reduzir o tamanho da hérnia, no entanto isso não significa que seu disco cicatrizou por si só, pois a hérnia ainda está lá. Os sintomas, no entanto, acabam diminuindo devido à ausência ou redução da inflamação e pressão perto da raiz nervosa” – destaca o fisioterapeuta.

O tratamento para essa condição consiste em um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de fisioterapia manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica, estabilização vertebral e exercícios terapêuticos específicos.

BERNARDO SAMPAIO

Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor de graduação e  pós-graduação também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br

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