Igualdade Racial participa de formação sobre racismo e discriminação para profissionais da saúde

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A Subsecretaria da Igualdade Racial (SIR) de Guarulhos, em parceria com a Pasta de Saúde e a Escola SUS, participou nesta semana do Curso Introdutório de Atenção Básica para os novos trabalhadores da área da saúde, que atende médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e equipe multidisciplinar.

A SIR foi responsável pela apresentação de temas como a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que tem por objetivo combater o racismo e a discriminação étnico-racial nos serviços e atendimentos oferecidos no Sistema Único de Saúde, bem como promover a equidade em saúde da população negra.

O curso emprega recursos históricos, teóricos e metodológicos, abordando a riqueza cultural e tecnológica de África, o período escravocrata, o tráfico negreiro, a abolição da escravidão tardia no Brasil (1888) e seus efeitos até os dias atuais: as letalidades advindas da violência urbana e os impactos causados pela covid-19 na construção do racismo (estrutural e institucional) em nossa sociedade, assim promovendo o debate sobre o impacto das discriminações múltiplas e agravadas no cotidiano das populações negras, dos povos e comunidades tradicionais (indígenas, ciganos e de matriz africana) e migrantes.

A formação abordou ainda os indicadores de doenças como anemia falciforme, hipertensão arterial e diabetes mellitus (tipo II), com maior prevalência nas populações negra e indígena, e a importância da coleta das informações raça/cor para subsidiar as políticas públicas.

Para o subsecretário de Igualdade Racial, Anderson Guimarães, a atual crise instalada pela covid-19 obrigou a administração pública a repensar as formas de interação dos servidores com a população em geral. “Essa foi a nossa primeira inserção formativa neste ano, trazendo a via online como uma preciosa aliada, de grande importância, pois alcançamos os servidores de vários locais e equipamentos da cidade, facilitando o acesso e a participação. O curso é pensado para o enfrentamento permanente do racismo estrutural que molda as relações, selecionando os que merecem e os que não merecem atendimento humanizado, não sendo possível pensar em integralidade do SUS sem realizar um profundo estudo sobre essas questões e quem são os seus usuários”, afirma.

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