Aliar proteção do meio ambiente, qualidade de vida e economia financeira é um bom argumento para mudança de hábitos. E uma forma de atingir as três metas em conjunto é fazer melhor aproveitamento do sol. Não é à toa que, ao visitar um imóvel, uma das primeiras perguntas é sobre a incidência solar, que traz aconchego e evita umidade.
A empresária Ana Paula Dalcin, especialista em imóveis de alto padrão com atuação em Florianópolis, destaca que a necessidade de ficar mais tempo em casa durante a pandemia está fazendo muitas pessoas repensarem seus hábitos. “Nos últimos três meses, 80% dos clientes chegaram demandando imóveis que ofereçam conforto e infraestrutura tanto para o lazer quanto para o trabalho em home office”, revela. Como exemplo de construção nessa orientação, Ana Paula cita uma casa à venda no bairro Cacupé, na capital catarinense. “Esse imóvel representa bem esse novo perfil de busca, ao oferecer espaços internos amplos e ser integrado à natureza, com aproveitamento máximo da insolação natural”.
A residência foi projetada pelos renomados arquitetos Marchetti e Bonetti em quatro níveis com paredes em vidro e vista para o mar, área clube completa, o que inclui jardim e horta, sistema de aquecimento solar e de reaproveitamento da água da chuva. Ou seja, é um imóvel que valoriza o conforto, assim como o meio ambiente.Além da utilização de paredes de vidro para permitir a entrada da luz do sol na maior parte possível do dia, há outras formas de reduzir a conta da luz e ter água quente nas torneiras.
Uma delas é justamente o aquecimento solar, sistema que aproveita a radiação do sol para aquecer a água usada em uma casa ou empresa – é basicamente composto por um coletor solar e um reservatório térmico (boiler).
Outra opção é a adoção de um sistema fotovoltaico, que capta a luz solar e a transforma em energia elétrica. Formados por painéis que podem ser instalados no telhado, solo, estacionamento para carros e outras edificações.São ideias que valorizam o imóvel, além de promover economia na conta de luz. Em agosto, o Yahoo Finanças destacou estudo feito pela Effective Home com dados do governo do Reino Unido. Lá, imóveis que contam com a instalação de painéis solares, por exemplo, têm um incremento de 14% no valor de venda. Procura que cresce também no Brasil, que possui um dos melhores recursos solares do planeta. Isso coloca o país em posição de destaque no desenvolvimento e uso da tecnologia fotovoltaica, conforme divulgação feita pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) também em agosto.
Ao considerar dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), a associação aponta o Brasil na 16ª posição no ranking mundial da fonte solar fotovoltaica – considerando sua capacidade instalada em grandes usinas centralizadas e os pequenos sistemas distribuídos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e no setor público. Em 2019, por exemplo, foram implementados mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos de microgeração (até 75 kW) ou de minigeração (entre 75 kW e 5 MW) de energia no Brasil. Isso representou investimento na ordem de R$ 4,8 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
E a Absolar prevê que o Brasil feche 2020 com 174 mil sistemas fotovoltaicos on-grid (0,21% das unidades consumidoras).“On-grid é o sistema formado por equipamentos que convertem a energia solar em eletricidade, ficando ligado à rede da concessionaria. Assim, além de disponibilizá-la diretamente na rede do local, ainda envia o excedente para a distribuidora. Isso permite economia de até 95% na conta de luz”, explica Julio Cesar Ferreira da Silva, gerente do Departamento de Energia Solar da Quantum Engenharia.
A empresa catarinense tem três décadas de atuação no ramo e oferece parceria com Santander, Unicred Florianópolis e Unicred Vale Europeu para oferta de financiamentos voltados à compra e instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica para empresas de Santa Catarina e Paraná.