A principal porta de entrada dos animais de companhia nas famílias brasileiras é por meio da adoção ou como um presente, de acordo com a pesquisa Radar Pet 2021. O levantamento realizado pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC) relevou que 84% dos gatos brasileiros foram adotados e 54% dos cães são frutos de adoção.
A adoção de felinos foi superior, principalmente na região Norte, confirmando a tendência indicada pelo levantamento anterior de que os gatos futuramente serão os pets predominantes no Brasil. Os animais adotados costumam estar na faixa etária mais jovem. Sobre o perfil de tutores que adotaram pets durante a pandemia, pessoas que moram sozinhas foram predominantes. A região Sul também apresenta maiores taxas de adoção. Mas entre os adotantes de gatos, casais sem filhos foram a maioria.
Além disso, 44% dos caninos chegaram aos tutores como um presente, enquanto entre os felinos esse percentual foi de 31%. Outro dado mostra que a compra de cães é muito mais comum do que a de gatos. Entre os cachorros, 41% foram adquiridos por meio de criador, loja ou pet shop. Já entre os gatos esse número é de 7%.
“A pandemia modificou muito a relação do tutor com o pet. O que percebemos é que as famílias adotaram mais, inclusive tendo um grande percentual de pessoas que adquiriram o primeiro pet durante a pandemia. Os animais de companhia são extremamente importantes para a saúde e bem-estar emocional das famílias durante esse período de estresse. E isso alavancou as adoções, que já era uma tendência forte, mas foi alavancada”, comenta Leonardo Brandão, coordenador da Comac.
Na contramão das altas de adoção, a pesquisa ainda estima que cerca de 10 milhões de animais de companhia foram abandonados durante a pandemia. Cerca de 40% dos respondentes afirmaram que conhecem alguém que abandonou um pet neste período. Estima-se que isso tenha ocorrido em razão da perda de poder aquisitivo de grande parte da população.
Ainda assim, um dos principais pontos relevados pela pesquisa da Comac é o aumento do número de pets nos lares brasileiros, crescimento que foi acelerado pela pandemia. Cerca de 30% dos pets do estudo foram adquiridos durante o período de isolamento social, com uma predominância maior de gatos entrando nos lares brasileiros. Outro dado interessante é que 23% dos tutores adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia.
O percentual de tutores que enxergam os animais como filhos ou membros da família aumentou, mostrando que o período também foi relevante para fortalecer os laços entre aqueles que permaneceram com seus animais. Também diminuiu o percentual de pessoas que enxergam os animais apenas como um bicho de estimação.
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