Major Olímpio e Mara Gabrilli são eleitos senadores por SP

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Da Redação

Surfando na onda antipetista que só cresceu em São Paulo desde 2014, os deputados federais Major Olímpio (PSL), de 56 anos, e Mara Gabrilli (PSDB), de 51, conquistaram as duas vagas paulistas em disputa no Senado, desbancando o favoritismo do vereador Eduardo Suplicy (PT), de 77. Aliado do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Olímpio obteve 8,8 milhões de votos (25,8%), a quinta maior votação de um senador da história, enquanto a tucana registrou 6,4 milhões de votos (18,6%).

Após liderar as pesquisas desde o início da campanha, Suplicy ficou apenas em terceiro, com 4,5 milhões de votos (13,3%). Essa foi a segunda derrota consecutiva do petista, que não conseguiu se reeleger em 2014, quando José Serra venceu a disputa com 58% dos votos, após ter ficado 24 anos – três mandatos consecutivos – no Senado. O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) obteve 9% dos votos válidos, seguido por Maurren Maggi (PSB), com 8,5%, e Mário Covas Neto (Podemos) e Jilmar Tatto (PT), ambos com 6% cada.

Tanto Olímpio quanto Mara Gabrilli se projetaram politicamente nos últimos anos, a partir dos escândalos de corrupção da Petrobrás revelados pela Operação Lava Jato e do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em março de 2016, por exemplo, Olímpio interrompeu aos gritos de “vergonha” a cerimônia na qual Dilma empossou o ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. A posse foi anulada por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). No mês seguinte, o deputado repetiu a expressão aos berros no microfone do plenário da Câmara dos Deputados ao declarar seu voto a favor da abertura do processo de impeachment da petista.

Mara foi outra que se valeu da onda anti-PT para desbancar o favorito a uma das vagas no Senado. Vítima de um acidente de carro que a deixou tetraplégica aos 26 anos, ela ficou conhecida por seu trabalho a favor dos direitos das pessoas com deficiência, mas, nos últimos anos, também se destacou pelo discurso anticorrupção, com foco nos escândalos das gestões petistas.

Imagem: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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