Nutricionista do HSANP chama atenção para os problemas gerados pela obesidade: ‘precisamos levar essa doença a sério’

Considerada um dos mais graves problemas de saúde pública da atualidade, no Brasil, a obesidade já afeta 20,3% da população adulta, ou seja, um em cada cinco brasileiros possui IMC igual ou superior a 30 kg/m2

O alerta vem da Federação Mundial da Obesidade: 1 bilhão de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade em 2030 se nada for feito. A doença é caracterizada pelo excesso de tecido adiposo, o que significa que o corpo retém mais gordura do que necessita, definido pelo índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2. Só que os problemas vão além, porque o acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de outros males como hipertensão arterial, diabetes, aumento do colesterol e triglicérides, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e pode estar relacionado ao surgimento de alguns tipos de câncer. 

Para a Dra. Clarissa Soares, nutricionista clínica do Hospital HSNAP, “os fatores que culminam na obesidade superam a questão dos números. Atualmente, o estilo de vida acelerado que, por vezes, é incentivado, faz com que as pessoas precisem de tudo ‘para ontem’, abrindo mão de uma alimentação mais equilibrada e exercícios físicos. Quando essa prática vira estilo de vida, a pessoa faz opção por preparos rápidos que, não raramente, são comidas processadas ou industrializadas”.

De fato, a questão vai além da estética, precisa ser levada a sério e entendida como uma doença, não apenas pela equipe médica, mas também pela população. “A obesidade não é desenvolvida por ‘desleixo’. Trata-se de um conjunto de fatores, que incluem a alimentação desregulada, falta de exercícios físicos, mas também está relacionada a fatores incontroláveis como a predisposição genética”, pontua a médica.

“É possível impedir o avanço da doença, além de tratar a enfermidade com acompanhamento médico. Porém, o paciente deve ter consciência de que precisa diminuir o consumo de alimentos processados e industrializados, bem como pratos com excesso de sal, gordura, açúcar e sódio. Em outras palavras, priorizar uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras, legumes, somada a uma rotina que elimine o sedentarismo. Só assim conseguimos conter e combater a doença”, finaliza a especialista.

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